Há quase dois ano li um post do Scant sobre dieta da informação. Ele levantou novamente a postagem há pouco tempo e, depois, a republicou no Mano Organizado. Já lá atrás eu havia lhe dito - e me dito - que pretendia me dar tal restrição informacional. Passados anos, nada de cumprir minha promessa. E pior: além de consumir, produzo [des]informação on line. Estou aqui há mais de dez anos escrevendo sobre coisas que gosto, dando pitacos e compartilhando abobrinhas. Sempre me serviu como diário aberto. É divertido e me faz bem.
Antes mesmo do blogue, tentei manter página na primeira versão do HpG (home page grátis, serviço posteriormente comprado pelo iG). Era um saco usar aquilo. Fora que ninguém nos achava. Isso foi em meados de 2001 e acho que o Google nem estava por aqui, em Terra Brasilis. Desisti e não sei que fim levou o site. Paralelo a isso, mantive vida atuante no Orkut e em suas comunidades. Como era bom aquilo! Fóruns, frequentei poucos. Facebook foi apenas um sopro em minha vida - que rede social bosta. Instagram uso para quase nada.
A tecnologia Blogger, por sua vez, foi/é incrível. Nunca foi tão fácil manter sites. E aqui estou como Neófito há dez anos. Pensei que a esta altura seria Mestre. Mas ainda continuo diletante. O canal que servia de repositório ao site acabou ganhando independência e conteúdo próprio. Acho que deu certo, em parte. Teve muitos acessos. Cresceu sem malandragem (há pessoas que compram inscritos - acreditem! -, embora eu não tenha nada contra) e está lá, sendo ocasionalmente acessado por algumas pessoas.
Gravar vídeos é mais complicado do que parece. Não é só ligar a câmera do celular. De repente, ideias somem. Você fala errado, tropeça nas palavras e nas ideias. E só percebe depois. A edição até ajuda, mas nunca 100%, obviamente. Investir em produção de conteúdo por meio de vídeos é divertido, afirmo. Brincar com edições etc. Mas dá mesmo muito trabalho, às vezes.
Mas retomando o assunto: quero me dar férias na "produção de conteúdo". Não penso em abandonar meus espaços de forma alguma. Mas preciso experimentar isso: me afastar de redes sociais definitivamente, e isso inclui blog e vlog. Continuarei lendo postagens de espaços amigos e, eventualmente, comentarei algo como sinal de vida. Mas é só.
Quanto tempo durarão as férias? Não sei. Espero que ao menos todo este ano. Este aviso já está no canal (vídeo acima). Enfim, é isso. Agradeço desde já a todos que comentaram aqui, aos leitores fiéis que nunca comentaram nada e, também, aos que caem por acaso em pesquisas aleatórias no Google.
Residi cinco anos na cidade de Campina Grande. É um lugar lindo. Eu morava às margens do Açude Velho e precisava contorná-lo todos os dias para ir à faculdade. Era uma boa caminhada matinal, sob aquele "sol frio" do planalto da Borborema. Eu era muito feliz naquela época de estudante, sabia disso e agradeço a Deus por tudo. Fazia minha graduação ocupando estágios que pagavam e, antes de terminar o curso, já estava ocupando um emprego de nível médio que me rendia uns trocados bons. Sinto saudades do Açude Velho. E, às suas margens, agora, está sediada a Braiscompany, a qual vem ocupando noticiários há algum tempo e causando rebuliço na finasfera.
Não entendo quase nada de finanças, investimento e menos ainda de criptoativos. Deveria compreender mais, pois educação financeira é algo que considero essencial. Mas sou relapso neste aspecto da vida. Mas vejamos do que sobrevive a Braiscompany: você lhe entrega sua grana, ela compra criptomoedas e as mantem custodiadas, alugando-as enquanto as explora em atividades de "trading". É mais ou menos isso a grosso modo. E, aparentemente, o retorno aos aportadores era alto: mais de 5% ao mês! Esse retorno seria como o "aluguel" pago por estar com suas moedinhas eletrônicas. Mesmo sem compreender sobre essas operações arriscadas em blockchain, isso me cheirou à merda. Certamente, deu certo durante curto espaço de tempo porque é assim com todo esquema de pirâmide: quando muitos deixam de ingressar na base, o troço desmorona. E, colegas, quem mete grana em troços mirabolantes que prometem retornos estrambólicos tem mais que se ferrar mesmo.
Basta dar um Google em "Braiscompany", na pesquisa de imagens, e você verá a opulência de seus cabeças: roupas costuradas sob medida, carros milionários, jatinhos, muita pompa e luxo. Chic no Úrtimo!, como dizia o Jeca Gay. E tudo isso com o suado dinheirinho de quem queria ficar rico com "biticóio e crepto-moeda", como falou nosso honrado Senador Renan Calheiros. Se bem que, neste caso, eram "creptos" realmente.
Enfim: essas notícias serviram para me fazer recordar a beleza desta pequena cidade onde morei, muito do que vivi ali, as caminhadas onde hoje encontra-se a empresa fodástica que promete lucros insanos e tantas outras coisas. E para me lembrar que, sobrando um troco, é melhor meter em terra, cimento e argamassa. Ao menos não desmorona tão fácil.
Há quinze anos, acho, não vejo TV aberta. Na verdade, nem fechada. Nenhuma forma de TV. Já quase não via há muito tempo que esse mencionado. Fui me afastando aos poucos, naturalmente. Não me fiz tal imposição tipo "preciso largar a televisão". Mas, desde o advento do acesso à banda larga, um de meus passatempos é assistir a intervalos comerciais (especialmente da Rede Globo). Acho que já falei sobre isso por aqui. É que, sim, a TV foi importante para todos nós. Ela era sacana, nos manipulava, segurava os melhores filmes para o final do ano (anunciados desde o janeiro), estava cagando para o público. Afinal: não tínhamos opção. Estávamos nas mãos das emissoras.
Felizmente, havia bastante criatividade ainda vigente. As agências de publicidade eram criativas. Os comerciais de minha infância se tornaram ícones. Num post anterior, destaquei conseguir reconstruir parte de minha infância com comerciais de Coca-Cola, por exemplo. Na verdade, posso reconstruir com toneladas de comerciais diversos. E também com telenovelas, como mencionei em D'O Berço do Herói a Roque Santeiro. A televisão tinha coisa boa dentre o lixo, e valia a pena, creio.
Penso nisso agora porque estou finalizando a sétima temporada de Fear the Walking Dead (é missão de honra concluir aquela porqueira) e minha esposa estava vendo, hoje, o primeiro episódio de The Last of Us - ela é apaixonada pelo jogo, tendo-o zerado duas vezes. E fiquei pensando como às vezes dá saudade uma vinhetinha. Sim, a vinheta. Antes de cada programa, alguma vinheta, como tínhamos em Tela-Quente, Sessão da Tarde, Vale A Pena Ver de Novo etc. Vinhetas mexem comigo lá no fundo da alma. Me levam a várias épocas ao mesmo tempo (tudo ao mesmo tempo agora, para citar novamente Titãs). Parece estúpido mencionar isso, claro. Qual o sentido de vinhetas em serviços de streaming? Nenhum. Mas às vezes me vejo pensando bobagens assim nas horas mortas.
A vinheta que mais me toca é a do Super Cine, com aquelas películas se desenrolando ao som de algo parecido com jazz, bem suave. Cresci achando se tratar do trecho de alguma peça famosa. Mas depois descobri ser criação de Roger Henri, sob encomenda da Globo. Ou seja: os caras prezavam por qualidade, realmente.
Acho que a TV de minha juventude não me emburreceu. A de hoje, creio, faria isso. E a internet, embora me possibilite o acesso a todos os ângulos de uma mesma história, está me cansando. Falo isso há uns dois anos. Mas me parece que, mais do que nunca, seria bom mesmo dar um tempo no acesso regular à internet e à produção de conteúdo, por mais que isso me dê prazer. Programo fazer isso, creio, este ano, após deixar blogue e canal em relativa ordem e concluir a subida de alguns conteúdos já prontos.
Abraços nostálgicos e até a próxima.
* * *
Barcos de Papel
Guilherme de Almeida
Quando a chuva cessava e um vento fino Franzia a tarde tímida e lavada, Eu saía a brincar, pela calçada, Nos meus tempos felizes de menino
Fazia, de papel, toda uma armada; E, estendendo o meu braço pequenino, Eu soltava os barquinhos, sem destino, Ao longo das sarjetas, na enxurrada…
Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles, Que não são barcos de ouro os meus ideais: São feitos de papel, são como aqueles,
Perfeitamente, exatamente iguais… – Que os meus barquinhos, lá se foram eles! Foram-se embora e não voltaram mais!
Em razão da tabela de imposto de renda sem o devido reajuste há décadas, o pobre agora terá este tributo retido, pois um salário mínimo e meio ao mês sairá da margem de isenção. O governo já avisou que não fará nada a respeito. O "poste Andrade" deu a desculpa esfarrapada que não poderiam fazer nada, pois precisariam de lei aprovada, neste sentido da redução de tributos, no exercício anterior etc. Mentira. Qualquer estudante de Direito sabe inexistir impeditivo para reduzir tributos imediatamente. As restrições são para majoração. Os caras apenas não querem fazer nada a respeito porque socialismo é isso: tomar grana do setor produtivo e repassá-la aos amigos do rei.
Mesmo assim, continuo achando interessante como essa turma mente descaradamente sobre qualquer coisa, na maior cara lisa, e a "impressa" se mantém caladinha. Marina Silva, por exemplo, afirmou em Davos, antes de ir esquiar na neve, que 120 milhões de brasileiros estão passando fome! E ninguém lhe chamou a atenção. No dia seguinte, ela reduziu para 33 milhões. Amanhã, somará os valores e dividirá por dois, porque isso sim é ser científico.
Neste meio tempo, o amigão de Lula - homem mais rico do Brasil - revelou que, junto aos amigos, cometeu um errinho de 40 bilhões de reais na contabilidade das Americanas. Este mesmo amigão fez campanha ostensiva para o Partidão no ano passado, lembram-se? Mas o que temos a ver com isso? Simples, o BNDES é, talvez, o maior credor da empresa e quem pagará o pato seremos nós, especialmente os mais pobres. Isso sem contar quanto devem à União, diretamente. Talvez o governo tenha que dar mais ajudinha ao amigo do amigo.
E não parou aí. O recém recriado Ministério da Cultura anunciou que liberará mais de um bilhão de reais para projetos culturais dos amigos. Lembram deles? Não é você, pobretão que tem um projetinho bacana voltado às artes, escrita ou teatro. São os globais e bem relacionados. Ou ao menos um fodido que conhece alguém que conhece alguém que conhece alguém amigo de alguém e conseguirá acesso à graninha - a troco de comissão, claro. E Cláudia Raia já meteu o projeto para próxima captação: cinco milhões de reais para dançar duas vezes num show.
"Mas, Neófito faixista, os recursos não saem dos cofres públicos para os amados artistas". Saem, sim. As maiores captações vêm de empresas públicas, especialmente das federais, além de empreendimentos que contratam com o poder público e/ou dele recebem benefícios fiscais ou creditícios. É uma forma "disfarçada" de ajudar a turma amiga do governo. Além disso, são impostos que iriam para atividades mais essenciais. Vivemos num país onde falta saneamento básico. E, por fim, poderia ser uma grana melhor repartida entre pequenos "produtores de realizações culturais".
E a semana ainda nem terminou. E fatos assim mostram algo que falo aqui há anos e que qualquer pessoa que vota contra a esquerda sabe: esta é filosofia política dos ricos, da elite econômica, das grandes fortunas - o antigo sistema de compadrio (corporativismo) repaginado para a contemporaneidade. Mas vai você tentar enfiar isso na cabeça do povo.
Em março do ano anterior, postei sobre a ideia de monetizar este blogue. Escolhi a plataforma e avisei que, até o final do ano, daria o feedback sobre o resultado financeiro. Como podem perceber, não esperei chegar ao final do ano. O rendimento é pífio. Em alguns meses, mal chegou a dois dólares. Considerando que este site está com mais de quinze mil acessos por mês, me parece uma mixaria para enfear o espaço. Publicidades são horrendas. Deixam o blogue poluído. Acredito que podem até espantar leitores. Se fosse por retorno justo, valeria a pena. Mas, por essa merreca, tô fora.
Prefiro meu espaço assim: suave. Uma postagem por página e todos os demais links no rodapé (sites parceiros, postagens sugeridas, barra de pesquisa etc.). E acabei usando o espaço para banner superior com publicidade de meu próprio canal no Youtube, o qual estou gostando de cultivar. Pode ser que algum dia eu canse dele, assim como deste blogue. Mas acho difícil. Produzir conteúdo, ainda que bosta, é divertido para mim. Já pensei em dar férias a estes espaços, como forma de deixá-los amadurecer (ou apodrecer) e, também, para analisar como seria minha rotina sem estas redes como forma de escape. Mas, por enquanto, não me vejo fazendo isso. Quando penso em pausar, vem logo uma ideia para escrever algo.
Enfim: fiquei de prestar contas e aqui estou. Monetizar blogue não vale a pena (para mim). Talvez para sítios como o Uol, com milhões de acessos ao dia. Percebi que esses grandes sites usam, combinado com publicidade direta e assinantes, AdSense. Mas são realmente gigantes da internet.
É isso. Para mim, não serviu. Mas pode funcionar para outras pessoas etc. Só cansei e não gostei da experiência. Quem sabe daqui a dois anos, quando talvez o dólar esteja a cem reais. Se bem que, até lá, talvez um pãozinho custe mil reais...
Brasília foi pensada pela elite marxista como a cidadela perfeita contra o povo: quase inacessível à época, de fácil bloqueio, destituída de quaisquer elementos tradicionais, históricos etc. Ainda é difícil invadi-la, mas não impossível. Hoje, temos mais malha rodoviária, tecnologia para mobilização (smart mob) e veículos diversos. Mas não invada a Capital Federal. Deixa-a em paz, para seu próprio bem.
MC Poze do Rodo é um garoto multimilionário que, não sei como, consegue ostentar cem quilos de ouro no pescoço, punhos e dedos. Ele canta coisas fofas da comunidade, como pó, crime e bala na polícia, mas reside numa mansão no Recreio dos Bandeirantes. Dele são os belos versos "Peço a lili' dos amigo que estão privado, lili' / Saudade bate no meu peito dos cria que não estão mais aqui". Para quem não sabe, Lili é o "pássaro" que canta quando criminosos (os "crias") são libertos. E estes versos foram cantados por Elisa Lucinda na posse de sua amiga Margareth Menezes no MinC.
Veja bem: a mulher cantou um hino pró narcotráfico na posse da Ministra do Lula. Nada de novo, considerando que, de acordo com Lula, esses jovens só roubam, matam e estupram para tomar cervejinhas com amigos. Margareth Menezes inicia seu recém criado Ministério (Bolsonaro o havia extinto, anexando-a à Educação) com mais de DEZ BILHÕES para gastar com os manos, além dos repasses via incentivos, os quais virão em breve. Voltaremos a pagar milhões para eventos culturais como shows de fanqueiros e outras porcarias.
Numa postagem anterior, destaquei como "As pessoas que foram à frente dos quartéis não entendem: Oficiais ganham muita grana e, além disso, têm privilégios (casa, transporte, comida e roupa lavada). Aposentam-se cedo e nunca correriam o risco de se queimar com agentes da extrema-esquerda e os nobilíssimos membros da Suprema Corte.". Elas realmente não compreendem isso porque não temos cultura política. Poucas pessoas compreendem como o Estado moderno funciona: ele cresce para alimentar a si mesmo e não aceita desaforo. Daí, políticas de esquerda sempre vencem. E continuarão vencendo até o colapso, até o dia em que o pé rapado não tiver mais auxílio-foda para procriar, encher a cara e ouvir som alto em casa o dia todo; até o dia em que diabéticos, hipertensos e gente com AIDS não tiverem mais medicação "gratuita". Do jeito que as coisas já estão caminhando, creio que mal haverá carniça, no fundo do tacho, para o brasileiro raspar. Estejam com o passaporte em dia, meus caros carniçais. A saída para o Brasil talvez seja o aeroporto.
O Estado defende a si mesmo. Nunca tive "emprego" em minha vida. Nunca "fichei carteira", como dizem. Desde os dezessete anos de idade estou no setor público, inicialmente como estagiário em órgãos diversos (MPF e DPU) e, depois, como servidor público. E pude ver como a Máquina funciona: farinha pouca, meu pirão primeiro. O Estado te vicia na grana para você defendê-lo. É como o noiado (hoje, chama-se adicto) recebendo sua droguinha a preços módicos e, quando detido, jamais entrega o traficante. E neste domingo vimos como as pessoas que não compreendem isso são trouxas. Foram dar a cara a tapa contra o Estado e seus agentes, achando que estes ajudariam "na causa". Que causa, mané? Queremos é reposição em nossos holerites de barnabés. E, por favor, não quebrem vidraças, pois a bufunfa sai de nossos bolsos para reparar.
O governo petista começou com tudo. Prometeu novo reajuste de salário mínimo para o dia primeiro e já voltou atrás. Prometeu mais grana para beneficiários do Bolsa Alguma Coisa e também voltou atrás. Mas não haviam aprovado a PEC da Gastança (R$ 168 BILHÕES de reforço ao orçamento já aprovado) para ajudar o povo sofrido nesses pontos? Já era. Paparam. Estamos em dez de janeiro e comeram a grana, bicho! Quem comeu? O Estado, ora. Eu, aliás, comi uma fatia, pois, como servidor da União, ganhei meu justíssimo pixuleco (sim, fico sempre lembrando isso porque me dá prazer e porque mereço ganhar mais, pois gosto de ouro igual ao MC Poze). Qualquer asno que tenha saído da caixinha da Globo News sabe a que se referia o Leviatã de Thomas Hobbes e sua fome sem tamanho.
Olavo de Carvalho há trocentos anos havia dito: "Todo o poder emana do povo e contra ele será exercido". É assim que funciona. O Estado nunca sabotará a si próprio. Quem tentou reduzir o tamanho do Estado não conseguiu se manter muito tempo no Poder e, hoje, corre risco de prisão ou até mesmo de morte por "causas naturais". E, desta vez, esses caras não chegaram ao Poder para sair. Há um projeto que foi interrompido e não pode parar. Agentes do Estado (Três Armas, corporações policiais, Parquet e Judiciário) nada farão contra isso. Pedir ao Estado que sabote a si mesmo é, no mínimo, burrice. Nenhuma mudança virá sem desobediência civil massiva. Simples assim.
Qual a solução para o que ocupou o País? Nenhuma. Os poucos valentes que desrespeitarem a Autoridade serão presos, processados e presos novamente. E ainda serão objeto de chacota nas bocas dos néscios que não compreendem nada sobre as nuances do sistema. Jamais o povo se unirá massivamente contra o autoritarismo porque o povo é gado, manso, frouxo. O povaréu está em suas casas, vendo Netflix, com medo de ter acesso a armas porque "armas matam", com uma boca de pó ao lado da residência, torcendo para não ser roubado pelos meninos que só querem a cervejinha do final de semana, cantados em hinos no seio de um Ministério.
Não seja trouxa: não se insurja. Se você tem grana, fique em casa de boa. Curta seus trocados enquanto valem algo, coma bem, deguste aquele vinho do Porto ao final da janta e dê uns rolês por aí. Proteja os muros de sua casa, estoque comida e chumbo e bola pra frente. A vida é curta e vale a pena aproveitá-la ao máximo.
Abaixo, selecionei dois comentários que achei bacanas sobre o tema. São duas pessoas bem diferentes. O primeiro, um cara simples que não manja muito de política; o segundo, do Bené, capacitadíssimo. E ambos também chegaram às mesmas conclusões: vivam e deixem morrer. Já era. C'est fini. Como diz o grande Min. Barroso: "Perdeu, mané; não amola". E falo "grande" sem ironia. Criei uma admiração tremenda pelos agentes da extrema esquerda nacional, pois eles nunca esconderam o que querem, sempre mostraram as garras. O povo brasileiro não sabe viver num governo republicano. Essa é a grande verdade. Por fim, achei interessante incorporar Rodrigo Constantino ao final, que só está livre porque reside na Flórida. Observe o caso dele: tanto faz se você atira pedra em vidraça ou não - será preso de qualquer forma. Então não facilite o pior para si mesmo, promovendo quebra-quebra por aí. Seja da paz e do amor. Faça o coração com as mãos unidas.
Pilhérias à parte, essa postagem tem o sentido de aconselhar colegas insatisfeitos com o establishment: não lutem contra ele. Não se vai a um duelo de pistolas munido com faca. O estamento burocrático é mais forte e a maioria do povo é de mansos. Você vai mesmo comprar essa briga? Seja manso também. Há bons livros para ler, filmes a ver e belos luares para admirar na madrugada.
A posse de Lula chamou atenção por vários motivos. Entre tantos, destaco três: a) o trabuco para derrubar drones; b) a história linda da caneta usada para assinar a posse; c) as pessoas que o Partidão escolheu para repassar a faixa presidencial. Tudo isso é a cara da esquerda: mentiras e faz de conta.
O armamento gigante (porém leve) utilizado para abater drones chamou atenção. O cara que o empunhou se preparou para ostentá-lo: carequinha brilhando, barba certamente aparada em barbearia gourmet e terno sob medida. Mas havia um detalhe: a luneta estava invertida. Sim: os caras não sabem nem usar o armamento. Ou nem ligam. Da forma como estava ali, é como inverter um binóculo. Ou melhor: analisar micróbios com microscópio invertido. Acredito que aquele cidadão seja policial federal. E isso ainda diz mais: este é o nosso serviço público. A polícia federal se especializou, nos últimos anos, em invadir casas de empresários e apreender carabinas de chumbinho. Sim, arma de chumbinho. E a polícia federal só percebeu isso dias após a sessão de fotos com o "fuzil" apreendido. E só. Nem para instalar uma luneta adequadamente os caras acertam. Peitar bandido perigoso ou narcotraficante barra pesada? Tá louco, é arriscado! No máximo, molestar empresários que criticaram Lula no WhatsApp. Aí, rola. Afinal, empresário têm o que perder e obedece a tudo pianinho. Mas preciso passar pano para os caras do DPF: eu faria o mesmo. Ordem se cumpre, ainda mais do Xandão. Ninguém passa num concurso disputado para descumprir ordens e tomar pé na bunda. Se amanhã eu receber ordens bizarras para cumprir, obviamente também cumprirei. Quem acredita que não se cumpre ordem manifestamente insana é porque nunca conheceu o serviço público brasileiro.
Em relação às pessoas escolhidas por Lula para lhe repassar a faixa, os "representantes" do povo brasileiro, achei tudo muito fofo, camaradas. Ficou interessante em vídeo e foto. Bem diferente das pessoas que cercam seu cotidiano com a Janja, onde apenas a elite de olhos claros com saldo bilionário está presente. E nos cargos do alto escalão, esses "representantes" terão vez? Claro que não. Mas, atualmente, me divirto com isso: a massa de manobra dá vergonha alheia. Na minha cidade mesmo, um militante LGBTQPLUSCIZE+-%* bastante conhecido catou grana emprestada para ir à posse do Lula. Ficou lá bem distante da Elite, servindo de massa de manobra, ostentando cartazes. Poderia estar trabalhando ou estudando para ser alguém, mas... Enfim: não deixa de ser engraçado. Ele já rendeu muitas gargalhadas entre conhecidos, nas fotos segurando plaquinhas com slogans debiloides sobre "sigilo de 100 anos" e "genocídio da covid". O cara mal tem onde cair morto, bicho! Um marmanjo com seus trinta anos de idade que nunca fez nada da vida, a não ser militar sobre cu, piroca e golden shower. Para essa turma, o mundo se resume a isso: ânus e penetrações! Economia, segurança pública, liberdade individual perante o Estado? Nem sabem do que se trata. O negócio é falar de pinto.
Já a mulher que repassou a faixa possui 33 anos de idade, representa a terceira geração de catadores de lixo em sua família e colocou, até o momento, 07 (SETE!) filhos sobre este mundo ferrado. Crescei e multiplicai. Ou seja: ela era criança quando Lula chegou ao Poder pela primeira vez. Sua família continuou catando itens (atividade essencial para reciclagem, claro) e ela procriando. Isso é, no mínimo, emblemático.
Quanto à caneta, Lula afirmou tê-la ganho de presente de um piauiense em 1989, para, quando fosse Presidente da República, assinar sua posse. Mas ele sempre esquecia e pode usar apenas agora. Só que há um detalhe: o modelo da caneta Montblanc - ornada em prata e ouro branco - é o Writers, de uma série especial em homenagem a F. Scott Fitzgerald. Ela custa em torno de dez mil reais, se em bom estado. Mas foi lançada em 2002. Logo, se trata de uma mentira. Mas a mídia inventou até o homem que viajou para o futuro, comprou a caneta em 2002 e presenteou Lula em 1989. Sim, é sério, confiram aqui.
A grande mídia não noticia nada disso, esses pequenos detalhes grotescos. Quem percebeu que a polícia federal estava invadindo casas para apreender arminha de chumbinho e usando trabucos ineficientes (ou melhor: não sabendo usar) foram CACs, pois eles sim conhecem armamento e treinam bastante com recursos próprios. Quem foi a fundo na história da caneta, salvo engano, foi Petrus, conhecido jornalista teresinense, curioso com a história dramática. Depois, vi a notícia finalmente replicada por aí. Esta mesma grande mídia achou normal a história da catadora ajudada por 16 anos de governo petista: sua família continua sem ascensão econômica, passou a integrar movimentos politiqueiros e a penúltima geração está procriando contra qualquer bom senso de planejamento familiar. Haja auxílio!
O governo Lula será isso mostrado mais acima, nesses pequenos detalhes: falcatrua e nada mais. Mas colocarão a culpa no Bozo por tudo o que ocorrer a partir de agora. Então tanto faz. E, como falei antes, graças a eleitores de Lula terei aumento agora em fevereiro. Pretendo investir tudo em brinquedos, jogos eletrônicos e bombons. Sim, gosto de destacar isso, pois me dá certo prazer embolsar esse pixuleco, pois percebi que isso chega a incomodar alguns militantes pró-Lula.
Amiúdes... Lula é o governante que o Brasil merece. Não sabemos viver de outra forma. A velha política está incrustada em nosso DNA há mais de século, desde que expulsamos um Imperador digno e o trocamos por servidores públicos corruptos. O importante é tocar o barco com saúde, paz de espírito e aproveitando as coisas boa da vida.
Assim que divulgaram o resultado das eleições, recordo que comentei no blogue do Marreta que, pelo menos, eu teria aumento salarial. Menos mal. Não é que eu possua bola de cristal ou seja um grande gênio da análise política. É que era óbvio: sindicatos apoiaram ostensivamente Lula para Presidência do Bananil e o Xandão, claro, iria cobrar isso do Inácio. Como disse Xandão no Plenário do TSE: "Missão dada é missão cumprida". Ele cumpriu sua missão e a cobrança ao futuro Presidente foi feita: "Queremos pixuleco". Antes disso, aliás, o Barroso já tinha sido claro: "Eleição não se ganha, se toma". Pois é, tudo foi facilitado para a vitória do lulopetismo. Não creio em fraude. Houve claramente favorecimento, com perseguições a representantes da dita "direita brasileira", seja lá o que for isso. Mas fraude, acho improvável.
Enfim, antes mesmo de pisar no Planalto, Lula mandou e o Congresso acatou a ordem do "governo de transição": aprovação em regime de urgência de reajuste para minha categoria, em quase 20%, dividido em três parcelas. Acho pouco. Penso que deveríamos embolsar reajuste de 100%, considerando que realmente trabalhamos e passamos anos a ver navios devido aos gastos com pandemia. Mas antes 20% em mãos que 100% voando. E essa grana será bem vinda. Pelos meus cálculos, também refletirá na gratificação que meu cargo recebe. Precisamos aproveitar cada centavo desse "leitinho": investindo em casa, comprando itens essenciais, investindo um pouco (para quem aporta) etc. No momento, quero apenas gastar a merreca com charutos e chicletes. Se nós, a ralé do serviço público, receberemos esse troco, imaginem os mimos que sairão para a Elite, grandes empresários via instituições de fomento, artistas e seus "programas culturais", publicidade estatal na mídia mainstream etc. Será grana a rodo por aí, especialmente para financiar governos socialistas, como já fizemos dezenas de vezes em quase duas décadas de governos petistas. Os bilhões para Argentina comunista já estão acertados, aliás.
Em resumo: obrigado aos que votaram em Lula. Eu mesmo não teria coragem porque possuo dois neurônios ativos na cachola. Qualquer pessoa que reflita um pouco não vota em Estado gordo, decretismo, apoio a ditaduras latinas e africanas, grana para artistas milionários e jornalecos. Há todo tipo de eleitor que permitiu a subida do Partidão ao poder: a) o ignorante de pai e mãe, que só quer auxílios; b) o letrado que, mesmo com capacidade intelectual, não se dá ao trabalho de pesquisar a respeito nem conhecer "o outro lado da História made in MEC"; c) o interesseiro, que levará vantagem na gestão, direta ou indiretamente, embora consciente dos males no longo prazo; d) o militante racial ou sexual, que não passa de massa de manobra e acha que, com seu voto, lhe darão dádivas; e) e pessoas que nem quero saber o que se passam em suas cabecinhas.
Tenho um estimado amigo de faculdade que me disse claramente isso: vamos votar no Lula porque ao menos o reajuste sai logo no início no ano. Não que o PT seja bonzinho com servidor público. Dilma até plano já vetou para nós e reformou a previdência do setor público (reforma com a qual concordei, aliás). Mas a dívida de campanha seria evidentemente cobrada. Ele está errado? Assumo que não sei. Ele estava pensando no próprio estômago com imediatismo: tem barriga para forrar e xoxotas a preencher. Há eleitor que sequer consegue pensar, ora! Então que seja. Se é pra arrombar, vamos ao menos embolsar uns trocos enquanto não colapsamos.
Bolsonaro seria a melhor opção pelos próximos quatro anos. Após, teríamos tempo para trabalhar numa opção mais liberal-conservadora, alguém que pelo menos não mantivesse, dentro do Cofre, uma organização criminosa furtando a rodo. Por enquanto, o jogo acabou. O vencedor foi definido e trouxa é quem acha que haverá "gópi". Bolsonaro sempre se mostrou republicano no Planalto, sem perseguir inimigos e cumprindo todas as decisões dos demais Poderes. Não seria diferente agora. Além disso, a cúpula das Forças Armadas jamais se meteria numa arapuca assim. As pessoas que foram à frente dos quartéis não entendem: Oficiais ganham muita grana e, além disso, têm privilégios (casa, transporte, comida e roupa lavada). Aposentam-se cedo e nunca correriam o risco de se queimar com agentes da extrema-esquerda e os nobilíssimos membros da Suprema Corte. Daqui a quatro anos, talvez possamos vencer um novo jogo: isso se houver eleições limpas e se houve candidato de "direita", pois creio realmente que a maioria será presa em inquéritos secretos ou por qualquer outro motivo. Se eu estivesse na pele do Bolsonaro, aliás, fugiria do país antes do ano novo.
É isso. Estou comemorando o Natal, hoje, com a picanha garantida para o ano vindouro. Já havia desejado antes, mas vai novamente: boas festas a todos, de preferência com a picanha na brasa.
Apenas ontem vi que escreveram uma postagem sobre mim. Se mencionam meu blogue, certamente falam de mim, pois sou editor, patrocinador e único redator. Fiquei bastante preocupado com isso, pois penso que assuntos privados devem se manter na esfera privada. Não sou eu apenas que penso assim: é uma regra clara de convivência social. Além disso, fiquei mais preocupado ainda quando vi se tratar de mentira, como se eu bloqueasse pessoas por suas opções ideológicas, por mais lamentáveis que sejam.
Sem enrolar demais: acordei no domingo do segundo turno eleitoral com uma mensagem de WhatsApp com a pessoa me pedindo distância total, sendo enfática que não queria mais qualquer forma de contato com minha pessoa. Então o que fiz? A removi de meu WhatsApp, ora bolas! Não sou mendigo de atenção para implorar amizades eletrônicas. Pouco tempo depois, vejo um vídeo da mesma pessoa falando aparentemente sobre mim, que votou no Lula por minha causa e que eu deveria engolir isso etc., que essa pessoa teria ajudado na vitória do Lula e que eu não a subestimasse. Hã? Ainda disse que eu não gostava de homossexuais e que minha máscara havia caído. Como assim? E eu devo me importar com quem a pessoa vota, em quem vota? Devo me envolver com militância LGTB e parada gay? Respeito, mantenho. Mais do que isso - dar carinho, acariciar bochechinhas e lutar por direitos especiais - não. Tô nem aí pra militância LGBT e mais direitos especiais a gays. Há uns meses, não ando ligando nem para golfinhos e florestas tropicais.
Antes disso, durante dois dias, essa mesma pessoa vinha me enviando incansáveis mensagens sobre o que "seria verdade", qual a "verdade de cada um", se Bolsonaro é isso ou aquilo e, lembro muito bem, lhe disse o que penso sobre a concepção de verdade e pensei que iríamos para um debate semântico, axiológico ou qualquer outra coisa similar. E ainda concluí dizendo: relaxa, cara, vote em quem seu coração mandar. Depois a pessoa me recordou que eu tenho minhas verdades. Ora, claro que sim. E recordou que eu proibi minha filha de assistir Lightyear (2022) diante da militância gay que exigiu beijo lésbico dentro da história. Foi pura lacração. E afirmei que, realmente, boicotei o filme e que não quero o mundo gay na vida de minha filha. Não quero sexualidade em sua infância. Isso, guardemos para o futuro. Nos preocupamos com muitas coisas sérias e a genitora conversa a respeito com ela, pois o mundo onde vivemos é insano. Mas não quero, realmente, muito papo sobre gênero, lésbicas e gays em minha casa. Assim como os gays, creio, não querem o mundo hétero em suas vidas. Acho que esse foi o estopim da coisa. Então a pessoa disse que não iria mais conversar sobre isso. E eu complementei: isso, pare mesmo, é melhor. E fui dormir para acordar com a mensagem acima citada.
Entendam uma coisa: se alguém me diz "não quero mais nenhuma forma de contato com sua pessoa", o que posso fazer? Ficar aguardando a boa vontade dela para me aceitar novamente em seu pedacinho de céu, para me dar novamente a dádiva de sua companhia on line? De forma alguma. Pulo fora. Bloqueio também! Achei uma pena, pois a tive em grande estima, sendo um admirador de sua escrita e desenhos, dentre outras coisas. Mas, claro, essa "pena" passou e, agora, quero manter distância absoluta.
Queria que a pessoa fosse ao menos honesta, postando claramente: "Gente, o Neófito malvado me bloqueou em seus redutos eletrônicos, logo ele que não bloqueia nem os haters... MAS, antes dele fazer isso, o informei por WhatsApp que não queria mais nenhuma forma de contato com sua pessoa". Não é normal você dizer que quer distância de alguém, isso por WhatsApp - algo íntimo, pessoalíssimo -, e depois se queixar porque esta mesma pessoa o está evitando. Não é normal e nem quero entender o que se passa por cabeças assim.
E vejam bem: não posso ser inimigo de alguém por lulupetismo. Sou nordestino. Se deixar de falar com pessoas por isso, viverei numa ilha? Me mudarei para a serra gaúcha? Meu irmão e cunhada são professores da UFPE: logo, militantes petistas. Minha mãe, com quem mantenho uma relação tensa, é eleitora petista. Minha sogra e um cunhado são petistas. Aliás, meu cunhado é parceiro de churrasco e minha sogra é quase como a mãe que não possuo. Dois colegas de trabalho pediram exoneração do Tribunal para ocuparem cargos de Secretários no próximo governo petista do Estado. São pessoas funcionalmente admiráveis. Um deles, aliás, estará comigo na próxima semana, num jantar com dez pessoas no máximo, de confraternização e despedida. São pessoas maravilhosas com quem gosto de conviver. Jamais deixaria de falar com alguém por voto em ideologia sinistra, pois sei que a maioria não acredita, realmente, estar investindo numa ideologia perigosa: creem, realmente, estar votando no bem estar social. Eu mesmo fui assim há duas décadas.
Meu irmão é o cara que mais admiro nesta vidinha de merda. Ele sempre foi o melhor em tudo: futebol, bola de gude, bafo, artes, estudos, treino, mulheres etc. Meu irmão é o cara que mais comeu xoxota neste Planeta! Todos os nossos amigos queriam ser como ele. Ele era o cara. E meu irmão! Logo, sempre foi minha inspiração. E não é apenas um votante lulista: ele veste a camisa vermelha na universidade.
Acho lamentável ter que escrever, aqui, sobre assuntos íntimos que deveriam ter ficado na intimidade. Confiei meu contato de WhatsApp e, agora, preciso estar aqui dizendo que não corto relações pessoais devido à política. Não queria ter que dar satisfação. Mas acho que preciso, pois infelizmente meu nome foi divulgado numa postagem mentirosa. Não falarei mais nada a respeito, no entanto, pois sou bastante ocupado: sustento minha mãe doente mental, junto com meu irmão; tenho filha pequena para criar e realmente sou um pai presente; tenho esposa para dar atenção; tenho um trabalho que exige de mim nos horários mais improváveis e, além disso, gosto de ler, ver filmes e jogar videogame. Logo, me falta tempo. Só não me falta mais tempo porque durmo pouco. Gostaria de dormir mais: dez horas por dia, quem sabe. Mas meu corpo não funciona assim. Por outro lado, aproveito melhor o tempo tão curto.
Se errei em algo com essa pessoa foi quando lhe estendi a mão pela terceira vez. Ela já tinha se afastado de mim antes por não respeitar meu ponto de vista até mesmo sobre pequenos assuntos e até mesmo por opinião sobre "gibis" (pois é, vejam o nível da coisa toda), sendo que eu sempre a respeitei, mesmo ela sendo antiga militante desses movimentos que se acham donos do mundo. Nas duas últimas vezes, ela me procurou se desculpando e a perdoei. Mas não farei isso novamente. Perdoado, está, claro. Mas não cederei mais a pedidos de reaproximação. Não, não posso. Em breve, nas próximas postagens daqui, tenham certeza que começarão a surgir comentários dela querendo reaproximação (os quais serão apagados por mim), como fez das últimas vezes. Mas não dá, sinto muito. Passei os últimos meses, aliás, sendo tolerante com as centenas de links que ela me enviava, sobre movimentos de grupos sexuais, mais direitos e bolsas a pessoas por opção de sexual e modo de vida, passamento de pano para a roubalheira esquerdista etc. Insisti que não queria aquele tipo de conteúdo em meu WhatsApp, mesmo assim ela teimava em enviar. Acho que ela enviava esse conteúdo em massa por aí, só isso explica.
Enfim: se você é lulista, cirista, bolsonarista, tebetista etc., tanto faz. Acredito que meu ponto de vista, minha visão de mundo, é a melhor. Já pensei diferente e acho que evoluí. Por morar num Estado governado há vinte anos pelo Partido dos Trabalhadores, vejo a miséria absurda à minha volta e penso que nós, brasileiros, por diversos motivos, devemos afastar o Estado gordo, patrimonialista e corporativista de nossas vidas. Não quero sustentar ditadura latina e William Bonner com meus impostos. Mas... há quem não pense assim. O que fazer? Nada. Se a pessoa estiver disposta a um diálogo, ótimo. Se não, tanto faz. Mas seja bem vindo. Em meu bairro, acho que só há meia dúzia de eleitores de Bolsonaro, e nos damos bem com todos os eleitores vermelhinhos.
Não quero me estender mais sobre isso. Fico por aqui. Abraços a todos, um Feliz Natal e Próspero Ano Novo, pois esta é última postagem no ano e, creio, darei mais foco ao meu canal no Youtube nas próximas semanas. Sim, isto é mais auto-jabá: veja meu canal, me dê views e inscreva-se.
P.s.: o sábio aprende com o erro do outro - não forneça seu contato de WhatsApp a pessoas que conheceu pela internet.
P.s.s.: infelizmente, esta postagem se sobrepôs às duas últimas mais importantes, e que podem passar batidas a quem aqui vem regularmente, são elas:
Respondendo logo ao questionamento do título: por enquanto, sim, especialmente para cargos onde se exige nível superior e, mais especialmente ainda, para cargos de elite. Para estes, exigem-se anos e anos de estudo com afinco e dedicação. Ninguém é nomeado para Diplomata ou Procurador do Trabalho com poucas horas de estudo ao dia. Estimo que, para cargos dessa natureza, o cidadão tenha que se dedicar em torno de quatro anos, talvez, com uma média diária de oito horas de estudo. E estudo proveitoso, não qualquer forma de "aprendizado". Método é importante. Há casos onde o sujeito ingressa nesses cargos com pouco esforço? Sim, casos raros, pontuais, dependendo da qualidade da massa cinzenta do cidadão. Tive um colega de faculdade, por exemplo, que, ainda no meio do último ano, passou em segundo lugar para Auditor-Fiscal da Receita Federal. Mas ele sempre esteve acima da média. Conseguiu antecipar o curso e não passou nem dois anos no cargo, pois depois foi nomeado para Procurador de Contas. Daqui a alguns anos, creio, será Conselheiro no Tribunal de Contas, dentro da reserva de vagas ao Parquet, pois ingressou muito jovem no cargo e terá tempo de carreira, por antiguidade, até lá.
Mas voltemos ao assunto: você não precisa ser gênio como meu colega. Basta estudar um pouquinho e escolher aqueles cargos de nível superior, na intricada burocracia nacional, onde dê para retirar um troco bacana - hoje, não menos do que 25k ao mês, em final de carreira. Sem contar que é satisfatório usar o diploma. Acho meio deprimente o cidadão gastar cinco anos numa faculdade para, depois, não fazer nada com o canudo. Então o uso do diploma, além do benefício financeiro, lhe trará benefícios emocionais, psicológicos e espirituais. Conheci uma motorista Uber formada em Engenharia Civil numa bagaça privada qualquer (se bem que universidades públicas também estão uma bagaça) que me disse não ter conseguido emprego em sua área, por isso estava como Uber. Até aí, normal. Muita gente inventa de fazer curso superior sem nem saber se aquilo é para si. Mas o problema é que ela soltou uma que "estava mais feliz assim". Cara, pura conversa fiada.
Por que entro neste assunto? É que muitos guris andam me perguntando se concurso vale a pena, ainda, considerando que - em breve, talvez - quase não existirão. Possivelmente, alguma nova reforma administrativa acabará com os concursos para cargos em atividade meio. Exemplo: em tribunais, haverá concurso apenas para magistrados. Servidores desempenham meras atividades de suporte. E por aí vai a coisa. Além disso, cargos como policiais e fiscais de tributos continuarão sendo providos por meio de concurso. Isso se não privatizarmos a polícia, como na OCP de Robocop! Creio que dá para terceirizar quase tudo por aí. Se não isso, farão o seguinte: processo seletivo. Mesmo sem amparo legal, recordo que o Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins abriu processo seletivo para cargo efetivo. Logo, o sujeito passaria apenas alguns anos no desempenho das atribuições e depois ganharia um pé na bunda.
Mas, por enquanto, nossa burocracia ainda comporta cargos efetivos e estabilidade nos mesmos. Então vale a pena, sim. É o que lhes digo. Mesmo que amanhã mudem tudo, quem garantiu o seu lugar ao sol, permanecerá aquecido. Falo sempre aos meus colegas próximos que somos dinossauros. Em alguns anos, seremos servidores efetivos trabalhando com pessoas contratadas a preços módicos e com gente temporária de processo seletivo. E, para mim, tanto faz. O mundo muda. Não posso me preocupar com isso, nadar contra a maré. Se os brasileiros terão uma melhor ou pior prestação de serviço, quem saberá dizer? Muitos setores, onde todos são estáveis nos cargos, já não funcionam!
O Brasil é o país dos concursos públicos, pois não temos livre mercado. Nosso capitalismo é de compadrio. Só prospera, em regra, quem é amigo do Rei. Este ano mesmo descobri que meu colega bem sucedido no setor de pré-moldados, eletrificação e energia solar só chegou lá graças a contratos com várias prefeituras. Se dependesse apenas do mercado convencional, estaria na merda. Há as raras exceções, claro; mas são raríssimas, mesmo. Antes, havia mais histórias de sucesso pela garra e determinação. Hoje, isso é raro. Se o sujeito não for herdeiro ou bem apadrinhado, será triturado no moedor de carne estatal.
Além disso, empreender sem apoio estatal é para trouxas. Você será o vilão da história: empresário malvadão, tomador da mais-valia do operário. Terá agentes públicos te infernizando: fiscais de tributos municipais, estaduais e federais, fiscalização sanitária e ambiental, fiscais do trabalho, oficiais de justiça etc. Exemplo bizarro: um conhecido explora o pó da carnaúba para produção de cera. Ele fornece refeitório, EPI, banheiro químico etc. Mas, certa vez, um empregado seu que só gosta de comer à sombra da árvore (matuto legítimo) estava atacando sua refeição e, ao lado, estava seu cachorro de estimação. Para onde ele vai, o bichinho segue atrás, até mesmo para o trabalho. Então ele ia comendo e jogando sobras ao animal. Por azar, apareceu uma fiscalização do trabalho no momento: comendo no chão com os animais, multa de quase dez mil paus. E foi isso. Mesmo o empregado falando que não era nada disso, o patrão rodou na multa. Vale a pena empreender assim, a não ser que seja com gordos contratos junto ao poder público? Para mim, não. A paz de espírito não tem preço.
Outra vantagem de optar pelo concurso público, enquanto ainda existe, é que nos sentimos meio que justiçados. Explico: este é um país de vagabundos, onde a vagabundagem é estimulada. Pessoas que não estudam nem trabalham, que passam o dia todo coçando o saco esperando migalhas caírem do céu: bolsas, auxílios diversos etc. Querem mimos, pois se acham merecedores de tudo porque "também pagam impostos". Ora, como pagam impostos se não produzem, se não dão força de trabalho à sociedade? Os tributos indiretos sobre consumo, é isso? E os impostos diretos? Nunca pagaram nem pagarão. Na verdade, não produzem nada no mundo a não ser merda e flatulência. Apenas ocupam espaço e abarrotam nosso sistema público de saúde, dentre outros sistemas. Desocupados deveriam dar retorno à sociedade de alguma forma, quando usufruem de benefícios diversos. Que dessem ao menos um dia de trabalho ao mês a órgãos públicos, em atividades realmente essenciais, como zeladoria, segurança, jardinagem etc.
Então: a outra vantagem é que, num país de vagabundos, ao menos no serviço público você está embolsando grana dos cofres públicos. O importante é desempenhar bem suas atribuições, fazer a contento seu trabalho e dormir tranquilo. Mas, claro, infelizmente, somos a única categoria que não pode fugir do pesado imposto sobre renda, já descontado sobre nosso holerite. "Ah, mas em empresas também é assim etc.", dizem. Não, não é. Empresas que pagam bem conseguem seus "arranjos" juntos a empregados. Há gente por aí com um salário mínimo anotado mas que, na verdade, embolsa vinte vezes isso, em comum acordo com o empregador. E, pela ótica libertária, não estariam errados. Apenas estão fugindo da sanha predatória do Estado e seus cupinchas.
Agora, certamente, tudo o que falo acima sobre concurso público é destinado a quem não possui dotes especiais: cozinha, mecânica, obras diversas etc. Para muitas profissões bem remuneradas e com ótimo mercado, não se exigem diplomas. Mas se exige "dom", talento. Conheço mecânicos que estão ricos, fazendo o que amam, assim como padeiros, cozinheiros etc. Se você leva jeito para algo que não exija universidade, invista nisso. Ganhe grana sendo feliz. Na minha família, há gente que fez até pós-graduação fora do país para, hoje, estar vendendo miçanga. E não está feliz com isso, claro. É porque é o que deu, pois inventou de se meter numa atividade específica, que exigiu anos de estudo, sem refletir a respeito.
Então é isso. Sou servidor público há duas décadas, pois nunca me vi bajulando políticos ou me corrompendo para poder empreender neste sistema imundo de compadrio, nem tenho saco para ter meus próprios colegas servidores públicos me perturbando com fiscalizações, multas esdrúxulas e exigências insanas. Nunca me faltou disposição para estudar. Fui um moleque que sentia prazer em aprender. E também gosto de trabalhar, pois não consigo me ver como vadio. Logo, me sobrou o setor público. Como muitos estagiários andam me perguntando se ainda vale a pena estudar para concurso, digo que sim. Além disso, quando no cargo, tente fazer a diferença - realmente cumpra seus deveres funcionais, faça a coisa andar, seja gentil com os usuários do serviço e embolse, em paz, sua grana.
Como falei anteriormente, ter sido Oficial de Justiça (justiça estadual), enquanto estava na faculdade de Direito, me rendia situações memoráveis, tão bizarras quanto à lambida no sangue por Ademir, o corno artesão. Uma delas foi com Abelardo, o cego sinistro.
Tratava-se de um inventário enrolado e sem fim. Eu precisava encontrar a inventariante que sumiu do mapa após consumir todo o espólio: a mulher tinha torrado a grana do defunto e os irmãos estavam - obviamente - incomodados com a situação. Vamos chamá-la de Maria. De posse de sua possível localização, fui bater à porta de uma casinha até bem situada próximo ao centro da cidade. Havia uma murada baixinha (meio muro) com portão de ferro aberto. Entrei e percebi que a porta encontrava-se entreaberta, com fresta generosa. Bati, bati e nada. Então fiz como se faz no interior deste Brasil de Deus-Pai: fui penetrando e falando alto "Oh de casa, tô entrando". Casa vazia, sem nenhum móvel - exceto por a cadeira de madeira no final da sala, onde o velho estava sentado, apoiado na bengala.
- Boa tarde, meu senhor. Mora aqui?
- Sim, senhor. Sou o Abelardo.
- Conhece Maria? Ela está?
- Conheço, sim, mas ela não se encontra. Me deixou aqui, foi embora e não vai voltar.
Como ele olhava pro nada, percebi ser cego. "O senhor é cego, seu Abelardo?". "Sou, sim". E ainda continuou falando algumas histórias estranhas sobre gostar de ficar ali sozinho e que qualquer coisa falaria depois com Maria. Como o velhote não estava em cativeiro (a porta encontrava-se destrancada), aparentava bons tratos (limpo, roupinhas decentes etc.), apenas agradeci a cordialidade e fui saindo de fininho sem lhe dar as costas.
Suspeito que Abelardo, o cego, esteja lá até hoje, sentando na mesma cadeira de madeira, com ambas as mãos apoiadas na bengala, fitando o nada com seus olhos opacos.
Achei o meme acima divertido e podemos facilmente inverter as falas ao sabor de seu ideário. Para mim, serve como está, já que não sou eleitor da extrema-esquerda. Então, por visão de mundo, votarei em quem mais se aproxima da direita liberal-conservadora. Voto em quem menos se meta em minha vida privada, familiar, comunitária, religiosa etc, em menos Estado e burocracia. Logo, descarto candidatos da extrema-esquerda, como Lula, Ciro Gomes etc.
A esquerda soft também não me serve, pois apenas promove agenda progressista de maneira enrustida, a exemplo de Dória, Tebet, "Danones" etc. E, no final das contas, o que a esquerda faz é pacto de tesouras: metem cinco candidatos fingindo disputar algo quando, no final, tanto faz qual deles chegará ao poder, criará cinquenta Ministério para os partidos coligados e botará para frente qualquer bobagem made in ONU e suas agências. Recordo quando o próprio Lula, em 2014, destacou em um evento que tanto fazia o resultado eleitoral, pois não havia candidato de direita. O Lula passa bem longe de ser burro, diferentemente de seu eleitorado. Lula sempre falou abertamente que partidos como PFL (DEM), PSDB e assemelhados são de esquerda. Quem os rotula de "direita" é o jovem militante de apartamento.
Tenho um amigo de trabalho que nem o convidamos mais para tratar de assuntos funcionais. Sempre que estávamos em alguma reunião ou bate papo discutindo ações práticas, todos davam seu ponto de vista, assumindo posições, viáveis ou não. Ele, não. Sempre dizia ser favorável a "juntar todas as proposições e chegar a um denominador comum que agrade a todos os interessados". Sim, essa é a resposta padrão do cara: solta lugares-comuns e posa de equilibrado. Ele pensa que isso cola. Mas, para nós, trata-se de um bobão e, assim, nem pedimos mais a opinião dele. É um cara "iluminado", acima do bem e do mal, acima de meras convenções práticas. É alguém com cérebro tão evoluído - ante nós, que queremos apenas tentar tomar decisões práticas - que estamos aquém de suas ilações sobre sexo dos anjos.
Na vida política estamos vendo o isencionismo. Ele se promove com o voto nulo ou com o voto em quem, certamente, não terá chance nenhuma de vitória. É a conduta antipragmática e anti-utilitária de fingir que se tomou partido de uma decisão viável - mas lavando as mãos, na prática. Assim, por exemplo, posso votar em Luiz Felipe d’Avila, um representante do Novo (cujas ideias são velhas e estatistas ao ponto de dar inveja ao PCdoB). Ele não terá nem 0,25% dos votos válidos. Obviamente, se meu candidato não for para o segundo turno, anularei! Depois, a partir de 2023, lavarei as mãos quando der merda: "Não votei em nenhum desses, escolhi a terceira via, mas não deu, não tenho culpa disso, tenho consciência política, luto por mudança etc e tal".
O isencionismo é um modismo conveniente, para quem quer ficar bem na fita. É o efeito manada do momento, dentro daquele argumento inteligentinho: "Ah, o mundo está polarizado, mas eu não, estou além disso". Nunca haverá uma "solução" dentre nossas opções políticas, isso é óbvio. Não existe político ideal. Aliás, não existe "ideal" quando o assunto é vida política em geral e precisamos tomar decisões sobre um país com dimensões continentais. Mas precisamos ser pragmáticos e utilitaristas.
Abraços "nem sim nem não" e até a próxima. Talvez.
Não recordo o nome do infeliz, mas aqui quero chamá-lo de Ademir porque a maioria das páginas de humor, há algum tempo, gostava desse nome quando falava de chifrudos. Conheci Ademir, o corno, no xilindró. Na época, eu era estudante de Direito e ocupava um cargo de Oficial de Justiça (exigiam apenas nível médio). Era um emprego excelente, aliás: ganhava relativamente bem, tinha liberdade para organizar minha rotina em apenas dois dias na semana (de manhã à noite, claro) e vi muita coisa bizarra. Uma delas foi o caso do Ademir.
Ademir era um artista. Fazia esculturas com palitos de picolé e vendia na feira e em eventos. Vendia bem, aliás. Eram trabalhos lindos! Só que era cornão, apaixonado pela honrada namoradinha que liberava geral. Certo dia, Ademir estava às margens da barragem local (eu mesmo gostava de comer peixe num restaurante próximo) e seu amigo de infância o advertiu que tivesse cuidado com a honradinha, pois ela estava pulando a cerca. Todo mundo sabia, menos o corno artesão. E não deu outra: Ademir puxou um canivete e acertou a primeira nas costas do amigo. Depois, atochou mais meia dúzia de furadas. Matou o otário que não sabia manter a boca fechada e parou no xilindró.
Às vezes eu ia à cadeia (não prisão) para algumas diligências bestas. Hoje em dia, fazem o máximo possível de maneira informatizada, pelo que eu soube. E numa dessas oitivas fui falar com Ademir, trancado na cela com mais uns dez fodidos na vida, no meio daquele cheiro de urina, sêmen, cocô e suor. Entre algumas trivialidades com o corno nervoso (e agora assassino), perguntei se valeu a pena, ao que ele disse que sim e que, inclusive, lambeu o sangue do finado, literalmente. Já viram isso em filme: lamber o sangue da faca? Foi o que ele fez. Além de homicida, boi e artesão, era também seboso.
Ademir era corno macho. Corno nervoso. Matou o amigo à traição quando soube do chifre e lambeu o sangue. Não sei como ficou sua situação, mas deve ter passado anos e anos preso, talvez até dando o anel e mamando piroca, enquanto sua honrada namorada curtia o carrossel de pintos do lado de fora. Ah, e não a estou criticando. Como dizia minha finada avó: "Os vivos vivam"... e como quiserem. Trouxa foi o Ademir.
Por que lembrei disso? É que vi esses dias no Youtube um caso onde o corno bravo matou o talarico. Então um cara comentou "Bem feito, com talarico é bala". Evito retrucar, mas comentei que, agora, a garota iria curtir a vida em liberdade enquanto o matador ficaria compartilhando o toba no xilindró, naqueles famosos troca-cus que rolam na calada da noite prisional. E o rapaz me disse que "tem que ser assim mesmo, pois o importante é dar uma lição no talarico". Achei interessante então recordar do Ademir, corno nervoso e hábil artesão.
Abraços e fiquem com o grande poeta e meu conterrâneo Reginaldo Rossi, que até hoje deve fazer os Ademires desse vasto Brasil chorarem, na noite mais densa, na hora mais escura...
Após o avanço institucional no âmbito da Polícia Rodoviária Federal com a inclusão do sistema Auschwitz mobile - fruto certamente do incremento educacional dos agentes após aulas de História -, a nobre Polícia Militar paulista não quer ficar atrás. Algumas policiais certamente estão sendo instruídas a consumir produções eruditas, especialmente peças refinadas como O Quebra-Nozes de Tchaikovski. Ao ser abordado no tradicional e inconstitucional baculejo (até porque revista pessoal genérica só é empregada em mané trabalhador ou vadio cachaceiro, nunca em ricos, políticos, autoridades ou grandes traficantes com poder de fogo), o cidadão fodido pagante dos maiores tributos sobre consumo deste planeta recebe um mimo: o ballbusting, aquela tara onde se tem os testículos esmagados (em socos ou chutes) por moçoilas. Enquanto pervertidos pagam profissionais para que lhes esmaguem as bolas, a policial de sampa ofereceu isso gratuitamente em blitzs. Se alguém não gostar do serviço, poderá ser levado ao xilindró, onde, após o ballbusting, dará o caneco a outros detentos. Na próxima blitz onde você for parado, não marque bobeira, exija seu ballbusting gratuito.
A Polícia Rodoviária Federal inaugurou novo sistema de execução: uma câmara de gás portátil. Jogam o pobre coitado no camburão e tacam lá uma bomba de gás. Em pouco tempo, menos um indesejado no mundo. A inauguração do método ocorreu no Estado de Sergipe, quando, ao abordarem um homem com problemas mentais, testaram o sistema na rua mesmo. De acordo com a nota oficial da instituição, "foram empregados técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção". Logo, aparentemente, deve haver um camburão da morte mais eficiente, com maior potencial ofensivo, ainda em fase de lançamento. Os testes poderão ocorrer aí perto de sua casa, por isso fique atento. A população bovina observou tudo pianinha: afinal, ninguém tem couro de aço e apenas os policiais estavam armados. Fica a sugestão: armem-se, contra indivíduos e contra o Estado e seus agentes! "Ah, mais aí vai virar um faroeste!", me diz a ovelhazinha. Sim, mas ao menos no velho oeste americano todos tinham chances iguais em matar e morrer. Abraços gasosos e até a próxima!
"Stop! Me deixem carregar sacos de cimento sob o sol, por favor!"
Foto de Mikael Blomkvist no Pexels
Recordo quando baixei (saudades do torrent) a trilogia cinematográfica dinamarquesa para a série de livros escritos pelo ativista Stieg Larsson, a trilogia Millennium: Os homens que não amavam as mulheres, A menina que brincava com fogo e A rainha do castelo de ar. Vi todos de uma vez e até comentei com minha namorada à época que nórdicos tinham tara em violência sexual, porque simplesmente não era possível aquilo que assistimos. E realmente não é possível. É que a mente doentia de Stieg Larsson potencializou uma má experiência de sua juventude para que sua visão de mundo fosse facilmente intoxicada pelo discurso "homem mau, muié boa". Gostam de pintar qualquer movimento masculinista como "o dos homens que odeiam mulheres". Acho que melhor seria: o dos homens que têm medo de mulheres. E lhes assiste a razão (como veremos). Depois, houve versões americanas sobre a obra de Larsson, mas eu francamente quero passar longe dessa imundície.
Acredito que poucas comunidades crescem tanto no ambiente eletrônico quanto as dedicadas ao conteúdo MGTOW - acrônimo para Men Going Their Own Way, ou "homens seguindo seus próprios caminhos". Trata-se, obviamente, de uma filosofia de vida masculinista. Percebam que falei filosofia e não "movimento", como às vezes falam por aí. É que não identifiquei ativismo por trás da conduta de seus maiores propagadores nacionais. No dia em que os MGTOW saírem às ruas quase pelados, com o corpo riscado, gritando palavras de ordem e até mesmo criando partidos políticos, aí sim será um movimento; e legítimo, aliás.
Essencialmente, as pessoas adeptas desse modo de vida acreditam que o homem contemporâneo está cego numa Matrix misândrica onde as regras do jogo são pré-estipuladas para ele se ferrar. O aparato estatal ginocêntrico tornou a vida dos homens um inferno, com normas e instituições que atuam apenas em nome do sexo feminino (ou até do gênero, já que mulheres trans estão conquistando os mesmos direitos das mulheres biológicas - estas seriam as mulheres cis, nessa novilíngua insana). E eles têm razão. Já citei aqui no blogue minha curta experiência como serventuário de uma Vara Cumulativa onde via assombros, com homens aparentemente cheios de razão se estrepando e mulheres flagrantemente erradas em suas condutas levando a melhor, apenas por praxe forense, aplicação fria da norma jurídica e cultura ginocêntrica.
Certamente, mulheres são privilegiadas entre nós: menor idade para se aposentar, embora vivam mais; instituições e secretarias públicas apenas para promover ações favoráveis ao seu bem estar e segurança, como delegacias, hospitais e curadorias especializadas; risco ínfimo de mortes violentas em comparações com homens; menos pressão social e psicológica, tanto que se suicidam menos etc. Não vou aqui traçar rol quilométrico dos privilégios femininos, todos bancados com nossos impostos cada vez mais impossíveis de serem pagos, além, claro, do fator sexual que naturalmente lhes favorece. Isso dá para pesquisar por aí em canais diversos. Quem nega que existem esses privilégios femininos está sendo leviano, no mínimo. É algo não apenas escancarado, mas que está sufocando o ocidente há bastante tempo - e este é o objetivo, aliás.
Enfim: há todo um descompasso jurídico e institucional na relação macho escroto (hômi) x ser divino (muié), onde o primeiro se estrepa de diversas formas, estando ou não na constância de uma relação afetiva séria. Diante de falsas acusações por agressão, o homem casado deve sair de seu lar imediatamente, por exemplo, sem direito à defesa. É este, aliás, o artifício mais utilizado por alguns maus advogados para a cliente ansiosa pela saída imediata do gadão da residência - pois mesmo que pega na mentira não trará consequências para ela. Você perde sua casa, seu mísero patrimônio e ainda deverá pagar pensão aos seus filhos (sem controle e prestação de contas, bem como sem ter acesso aos pimpolhos e ser vítima de alienação parental), aos filhos dos outros (pensão sócio afetiva) e até mesmo pensão aos bichinhos de estimação da honrada. Se você for solteiro, encher a cara numa balada e meter consensualmente com uma mulher sóbria, ela pode acusá-lo de estupro no dia seguinte e você terá sua vida arruinada, simples assim. Você pode ser celibatário e terá que sustentar mães solteiras com auxílios governamentais e bancar as aposentadorias femininas precoces! Não há para onde fugir, há apenas como tentar reduzir o dano.
Não vou estender tanto os fatos pró-MGTOW. Os exemplos acima foram apenas para destacar que, sim, os caras têm razão. Mas sou MGTOW? Não. Sou casado e pai de uma menina. E brinco que até acho bom um monte de homem preso na Matrix porque, assim, minha filha crescerá com mais privilégios e terá um exército de gados pagando cursos de sedução apenas para tentar agradá-la. Sua vida será mais fácil - ainda mais considerando ser bonita e, creio, tornar-se-á uma bela mulher. Mas, claro, isso é apenas pilhéria. Temo pelo futuro de relacionamentos arruinados, de homens cada vez mais celibatários e medrosos, inaptos a encarnarem o Cavaleiro Templário na defesa do sexo frágil, diante de crises humanas variadas que certamente ocorrerão num médio espaço de tempo (guerra, pandemia, desastres naturais etc.). Gostaria que, se minha filha for heterossexual, tenha um homem forte ao seu lado. Mas, se ela for lésbica, aí vou achar é bom mesmo a gadaiada se ferrando ainda mais para lhe dar o mundo de mãos beijadas, enquanto carregam sacos de cimento nas costas e pagam ainda mais impostos! Brincadeira, gente...
Eu poderia ser MGTOW com a vida que possuo? Não. Mas estou seguindo meu próprio caminho? Não é assim que funciona. As regras do acrônimo são claras: seguir o próprio caminho injetando combustível na Matrix não funciona. Então estou fora. Sou um blue pill.
E vamos lá. Mesmo aceitando algumas licenças à sigla, não me veria como MGTOW porque estou com quarenta anos de idade, no segundo casamento, com uma menina para criar (filha única e não terei mais, como falei no post Vasectomia) e sem ânimo para mudar de vida. E nem quero, pois por enquanto está tudo normal. É uma vida relativamente tranquila de casado. Tenho um emprego que me proporciona grana suficiente para eu manter minha privacidade dentro de nossa casa e comprar minhas coisas sem gerar brigas. Traço a esposa quando quero e ela nunca me negou xoxota em mais de dez anos (com dor de cabeça, cólica, menstruada, tanto faz). Vejo meus filmes, leio meus bagulhos, encho a lata quando dá vontade e segue o baile. E aí que acho estranho quando alguns homens que tomaram a red pill (isso quando não evoluíram para a black pill) falam bastante que a vida de casado é sexo uma vez por mês, com mulheres arredias e prepotentes, falta quase total de liberdade etc. Isso, nunca tive, felizmente. Mas também, convenhamos: o sujeito que sobrevive de subempregos e cata mulher ostensivamente psicótica para conviver e encher o mundo de filhos está, claro, pedindo para existir na merda. Mesmo que eu me separasse hoje, saísse de casa e pagasse pensão, viveria uma vidinha boa. E aí a coisa ganha outro contorno. Vejamos...
Evidentemente, mesmo que o fim do casamento não seja tão fodido, teria sido melhor não casar. Por que viver uma "vidinha boa" pagando pensão a filhos que talvez passem a vê-lo como um estranho se você poderia apenas viver uma vida excelente na solteirice permanente, sem nunca ter arranjado mulher para coabitar? E aí que está o ponto: condição humana. Alguns homens gostam de ter família, então tentam, mesmo quebrando a cara. O estilo de vida solteirão não serve para muitos, mesmo cientes dos riscos envolvidos num relacionamento a dois, ainda mais nos dias de hoje. Eu amo ter minha filha e não cogito outra vida, a esta altura, sem tê-la, mesmo que amanhã esta relação possa não ser das melhores. E nunca seria pai sem ter mulher para emprenhar. Agora, convenhamos, é como falei acima: esta é minha visão de quarentão, pai de família para quem a vida está boa. Se hoje eu fosse um jovem na casa dos vinte anos, creio, pensaria bem diferente e, talvez, seria fiel adepto do estilo de vida MGTOW, pois está cada vez mais difícil a situação com o mulheril "empoderado". Empoderadas e tratadas como se crianças fossem pelo paternalismo estatal.
Não vou me estender tanto sobre o assunto. Aqui se trata de curto ponto de vista. O tema rende e gera vários "todavias". Apenas percebi como esta visão de mundo (ou constatação de vida?) cresce a cada dia e resolvi dar meu resumidíssimo pitaco. Gosto de consumir conteúdo desses caras mesmo sem lhes adotar o modus vivendi assim como acesso conteúdo libertário mesmo sabendo que jamais existirá vácuo de poder. Aliás, MGTOW e libertarianismo têm tudo a ver. Alguns conteúdos redpillados são até divertidos e bem produzidos, tanto que os recomendei a colegas gays, casados etc.
Não sabemos por quanto tempo esses caras terão liberdade para falar sobre o tema, pois a Lei n.° 13.642/18 dá a Polícia Federal atribuição para investigar "quaisquer crimes praticados por meio da rede mundial de computadores que difundam conteúdo misógino, definidos como aqueles que propagam o ódio ou a aversão às mulheres". E basta que meia dúzia de iluminados definam que MGTOW são odiosos por apenas falar o óbvio que, logo, serão capturados pela Polícia Federal, processados e certamente condenados a assumir uma mãe solteira de três Enzos e duas Valentinas. Esta lei leva o nome de "Lei Lola", em homenagem à ativista feminista Lola Abramovich. Veja bem: você pode postar conteúdo misândrico à vontade, o que não pode é falar dos privilégios femininos ou que está com aversão de se relacionar com elas.