O remake de Silent Hill 2 está prestes a sair do forno e já falei aqui acerca de meu apreço por essa obra prima eletrônica. E andei recordando a personagem Angela Orosco - que aparece pouco durante a campanha, mas cuja triste história nos toca a cada momento.
Assim que começamos a jogatina, tentando encontrar um caminho para entrar na cidade amaldiçoada, passamos pelo cemitério, onde Angela observa as lápides, possivelmente em busca de informações sobre seus parentes: mãe, pai e irmão. Ela nos diz o caminho que devemos tomar. Logo após, a encontramos deitada no chão de um apartamento, segurando uma faca. Esta faca, aliás, nos será entregue e não terá função alguma a não ser permanecer em nosso inventário. Dizem que, se o jogador olhar bastante para a faca, ele terá um final específico dentre os seis disponíveis. No meio do jogo, encontramos novamente a misteriosa mulher e precisamos defendê-la do espectro de seu próprio genitor, cuja forma emblemática remete a abusos sexuais sob cobertas, numa cama estreita. Pior do que essa descoberta é saber que ela também era abusada por seu irmão; e sua mãe lhe atribuía a culpa por tudo.
Já próximo ao final, Angela nos confronta nas escadarias em chamas do Hotel Lakeview. Ela pede a faca de volta, não sendo atendida por nós quanto a isso. Reclama do calor e concluímos que o fogaréu não é físico, mas espiritual, pois James também o sente, sem reparar no possível evento físico à volta. Como na cidade de Silent Hill todos são convocados para confrontar a si mesmos, na vez de Angela, esta não encontrou redenção, apenas entregando-se ao triste fim do inferno íntimo eterno, às chamas da danação.
Silent Hill foi realmente uma grande franquia de jogos eletrônicos. Ao menos é o que posso falar pelos três primeiros volumes. Uma pena que a Konami não se importe com seu legado. É o que parece, após anos e anos sem nada útil do título, o insosso The Short Message (que pelo menos foi disponibilizado de graça) e, agora, com algo que parece um remake mal feito do excepcional Silent Hill 2.
Aguardemos o que está por vir. Vou ficando por aqui. Abraços condenados e até a próxima.
Postagens sugeridas:
a) Silent Hill, culpa e punição
b) O puzzle do piano e gritos de dor
Silent Hill é uma Divina Comédia moderna, mas sem comédia e poesia.
ResponderExcluirsó deixaram a parte da dor, hehe
abs!
Bem isso.
ExcluirAbç
Olá, olá! Prazer!
ResponderExcluirPassando para conhecer seu blog e você e gostei muito do post.
Abraços.
Sheila (She)
Prazer!
ExcluirSeja bem vinda.
Se vc mantiver algum blog ou canal, conferirei.
Abraços