Quando não possuímos mais interesse em tentar conhecer coisas novas, corremos o risco, certamente, de deixar passar em branco algo bom. Mesmo assim, não mantenho mais ânimo nem tempo para viver chafurdando no lamaçal em busca de pérolas. Deixo possíveis pérolas aos porcos. Mas, ainda com esta postura, aceito de bom grado realizações culturais de alta qualidade que me chegam aleatoriamente. Foi assim, por exemplo, com os cinco álbuns maravilhosos de Low Roar, banda islandesa capitaneada pelo finado Ryan Karazija - norte-americano que encontrou grande projeção entre os anos de 2011 a 2022, até a morte levá-lo prematuramente, por pneumonia, aos 40 anos de idade.
Foi Hideo Kojima quem me apresentou a banda. Acho que a maior parte dos fãs conheceram essas canções graças ao jogo eletrônico Death Stranding. Como mexeu comigo conduzir o entregador Sam Bridges, dentro de terrenos quase intrafegáveis, ao som da voz e dos arranjos melancólicos de Low Roar. Eu diria, aliás, não apenas "melancólicos", mas quase suicidas, como fica explícito na faixa Easy Way Out, onde é dito apenas o óbvio - mas que ainda causa arrepio na maioria das pessoas - que a morte é sempre a saída mais rápida e fácil para os problemas deste mundo imundo onde vivemos. Às vezes, aliás, acredito piamente que todos nós já morremos e que este lugar maldito é o purgatório, onde deuses mesquinhos e filhos da puta estão cotidianamente testando nossa paciência.
Quando puderem, confiram os álbuns de Low Roar. Realmente valem a pena e trazem canções que me ajudam a relaxar sempre. Abaixo, colo um trecho de Death Stranding com Sam Bridges sofrendo para fazer seus deliverys, entre assaltantes e entidades sinistras, enquanto ouve um som bacana. No trecho específico, ele carrega o corpo da própria mãe - que acabara de falecer -, para o local específico onde defuntos frescos devem ser cremados, sob o grave risco de obliteração no entorno, naquele mundo peculiar concebido por Kojima, onde quem desencarna causa graves problemas aos vivos.
Abraços em "low roar" e até a próxima.
drogas detonam o cérebro
ResponderExcluirli a letra
parece q foi feita por um viciado suicida
abs!
Não seria improvável. Mas, se ele queria tanto morrer, ao menos a Morte o buscou cedo.
ExcluirAbraços
outra opcao é criar um blog fechado para "assinantes" e mover pra lá todas as postagens polemicas.
ResponderExcluirPior - ou melhor - que não vejo polêmica em nada que posto. Só bobagens cotidianas quando não asneiras sobre cultura pop etc. Estou daquele jeito: vou levando até quando cansar ou quando me deletarem. Acho mais provável a segunda hipótese. E q seja. Se isso ocorrer, será o motivo que eu precisava para desistir da blogueiragem. Abraços
Excluirpolítica e pauta dos costumes (critica social) sao temas polemicos
Excluirainda mais em ano de eleicao
ser deletado por um robot é perder na guerra cultural
fora a perda de tempo e dinheiro
quem é pequeno só pode comer pelas bordas
olavo teve que sair do país pra poder falar livremente
nao pretendo fazer isso em defesa da liberdade de expressao
abs!
"ser deletado por um robot é perder na guerra cultural
Excluirfora a perda de tempo e dinheiro
quem é pequeno só pode comer pelas bordas"
Concordo com tudo isso. Mas realmente baixarei as armas, aceitando a derrota diante do algoritmo-woke e, quanto ao que investi, ao menos valeu pela diversão e terapia. Este blogue sempre serviu para mim por um único motivo em especial: diversão terapêutica. Me ajuda de alguma forma a lidar com ideias, gasto que considero produtivo do tempo (retorno emocional) etc.
Neste ano de eleição, a partir de agora, falarei apenas amenidades. Depois, talvez volte a comentar outras coisas. E, de resto, quase sempre dá certo misturar quadrinhos, livros e cinema com geopolítica e críticas anti-lacre nas entrelinhas.
Abraços!
O "mundo blog" é muito mais pessoal que as próprias redes "sociais". Nessas, o narcisismo é o que impera nas postagens. Blog é um local mais particular. Você escreve bem. Tem boas pautas aqui. Espero que o mantenha. Abraços!
ResponderExcluirValeu, Roniere. Espero que ele dure bastante também, enquanto depender apenas de mim. Acho que blogues são a única resistência ao avanço da Internet Morta. Abç
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