terça-feira, 22 de março de 2022

Super Catch era na Manchete


A Queda do Morcego

No início da noite, minha filha decidiu querer ver a avó. E lá fomos nós, à noite, para seu sítio. Clima agradável, paisagem verdinha, tranquilidade na estrada. O único susto foi um morcego. Já atropelei vários animais: cobras, jacaré (filhote), cágados, corujas, raposa (filhote), gambás, morcegos e até um cachorro. Mas desta vez o morcego enganchou na antena antiquada do carro que eu estava usando momentaneamente. Mandei até um vídeo para alguns colegas e o Fabiano me disse que executei o Batman. É sempre uma pena atropelar animais indefesos. Não imagino o que houve no "sonar" desse bichinho para se tacar no para-brisa. Foi uma pancada forte.

Chegando à roça da véia, aproveitei para usar sua TV por assinatura (serviço que não possuo) e caí no Trato Feito, sempre um programinha satisfatório para matar o tempo, após ter matado o Drácula. No episódio do dia, a loja de penhores comprou máscara e camiseta do Mick Foley, famoso lutador de wrestling. Então, talvez pelo morcego, recordei do Coveiro, grande lutador que animou alguns finais de semana de minha juventude assistindo à luta livre na Manchete. Ah, a Manchete. O que seria de nós sem Jaspion, Changeman, Cavaleiros do Zodíaco, Os Herculoides, Space Ghost e tantas outras porcarias essenciais à nossa formação como homens de bem?

O Coveiro (ou melhor: The Undertaker) era sensacional. Ele tinha presença de palco naquele circo onde o importante era chamar atenção. Quando tocavam os sinos, lá vinha aquela figura sombria em seus dois metros de altura e cento e quarenta quilogramas. Aproveitei para fazer uma breve pesquisa de como ele está de vida e fiquei feliz, ao saber que soube investir no personagem e ainda colhe louros do sucesso, assim como Hulk Hogan, outro velhinho ridículo que animou nossas tarde da Globo com Thunder - Missão no Mar! Thunder era o suprassumo do brega. Olhando em retrospecto, pouca coisa poderia são tão "lixosa" (expressão bem anos 2000) do que Hulk Hogan salvando o mundo quase sem suar, arremessando pessoas a uns dez metros de distância. E como era bom...

Em resumo: quantas boas recordações um morceguinho de cujus pode trazer. Certamente, poucos lutadores do passado se mantiveram tão bem quanto os medalhões. A maioria foi esquecida, afundada em álcool, drogas, dívidas e tantas outras merdas. Aliás, esse mundo lucha libre é brilhantemente retratado em O Lutador (The Wrestler, 2008), o filme que deveria ter rendido o Oscar a Mickey Rourke, se alguma premiação fosse respeitada hoje em dia. Também recomendo o gibi El Borbah, citado anteriormente quando falei da produção de Charles Burns.

Abraços collants e até a próxima!

4 comentários:

  1. Para mim, que sou mais velho, telecatch era o da tv record, lá pelos idos da década de 70. Ted Boy Marino, Aquiles, Verdugo, Fantomas etc. E era apresentado e narrado pelo Bolinha!
    Nunca atropelei um morcego, até porque não dirijo, mas por três vezes já tive que capturar morcegos que entraram pela janela da área de serviço do meu apartamento.
    E, rapaz, não é que hoje, na hora do almoço, eu assisti a esse Trato Feito, do Mick Foley?
    Wrestling no XVIDEOS? Pãããããããta.... Nem quero ver a finalização dessas lutas!!!!!

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    1. Fala, Marreta.
      Ted Boy Marino ainda fez bastante sucesso mesmo após sair das lutas. Recordo que ele participava de vários programas, especialmente em Os Trapalhões.
      Na ausência do que escolher, sempre coloco em programinhas curtos como o Trato Feito!
      Abç

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  2. boa lembrança
    eu gostava mais de WMAC Masters, bons lutadores hormonizados em farmácia
    https://www.youtube.com/watch?v=AM8jSR-9MCI

    abs!

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    1. Cara, eu havia recordado desse porqueira tb. Mas foi algo bem distante para mim. Maravilha!
      Abç

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