segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

O Nome da Morte [ Cinema ]


"Óia, tio, um pau de fogo."

Júlio Santana foi um assassino de aluguel que matou 492 pessoas, vivendo tranquilamente seus dias atuais em seu sítio, tendo passado apenas um dia preso em toda sua existência. Seus serviços de pistoleiro foram contratados, dizem, até mesmo para execução de membros da extrema-esquerda que integravam grupos armados no anos de chumbo em nosso país. Sua vida foi debulhada pelo escritor Klester Cavalcanti e, em 2017, serviu de inspiração para o filme O Nome da Morte, dirigido por Henrique Goldman.

Não sei quem é Henrique Goldman. Mas o roteirista George Moura me agradou no passado com o seriado Onde Nascem Os Fortes, comentado por mim aqui no blogue.

Este filme está escondido na grade da Netflix e só o descobri por recomendação do Socializando. Considero-o um ótimo filme pelos seguintes motivos: é curto, simples e objetivo. Possui fotografia belíssima e boas atuações. Até o Marco Pigossi teve boa atuação como Júlio Santana, no desenrolar da trama. Nos primeiros minutos, não me convenceu como o "menino ingênuo do interior". Mas desenvolveu muito bem como pistoleiro. André Mattos, como sempre, está estupendo, vivendo Cícero, tio de Júlio, que o insere no mundo do crime.

O filme retrata os assombros de nosso imenso Brasil: miséria, vida humana sem valor algum (por isso, zele pela sua), polícia corrupta e clima geral de terra-de-ninguém. Quem habita grandes centros não sabe disso. Mas o Brasil é realmente imenso e a maior parte de seu território pertence a quem atira mais rápido.

Abraços plúmbeos e até a próxima.

5 comentários:

  1. "a maior parte de seu território pertence a quem atira mais rápido." então a maior parte do Brasil se parece com o RJ. hahahahahahaha

    abs!

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    1. Só não tem bala perdida. É tudo na economia. Tiro limpo, sem desperdício.

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  2. "que passou a matar rezando"

    Temos muitos assim nas igrejas, templos, sinagogas, mesquitas etc...

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  3. Bom filme, assisti ontem e gostei. Infelizmente mas mostra uma realidade do nosso país.

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    1. "mostra uma realidade do nosso país"

      O Brasil é pensado para bandidos e desonestos. Foi isso que me pareceu no filme. E não deixa de estar correto.

      Abraços!

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