domingo, 30 de outubro de 2022

Império do Sol


Em Império do Sol, Christian Bale - o Batman - era apenas um guri de sotaque britânico carregadíssimo (obviamente), mas que atuava muito bem. Na trama, ele é Jim Graham, filho de rico industrial inglês em Xangai, cuja vida é regada com luxos. No entanto, parte da China está sendo invadida pelo Japão durante a Segunda Grande Guerra, como extensão de um conflito que se arrasta há décadas. Quando não há mais reservas à diplomacia para manter alguns bairros "neutros", a família se separa e, então, acompanharemos a luta deste garoto de onze anos de idade pela sobrevivência num campo de concentração japonês, sob a tutela do malandro Basie (John Malkovich).

É importante dizer que James Graham Ballard realmente existiu e a obra é inspirada em seu romance semiautobiográfico.

Gosto de obras que retratam a crueldade do Japão, desde o período feudal até os kamikazes, pois sempre estranhei a maneira como o ocidente resolveu retratá-lo: arquipélago de pessoas pacíficas. De pacífico, ali, apenas o oceano. Além do aspecto histórico, o filme nos dá boas lições de vida. O próprio Jim é retratado como um bundão, menino rico criado a leite com pêra, totalmente alienado da vida real - seria tipo nossos atuais jovens, criados em apartamentos com Nescau gelado, que se registraram como eleitores este ano para votar na esquerda e em todo o projeto macabro por ela representado. Ao tentar reencontrar sua mãe na mansão, antes de ir para o campo de concentração, se depara com a antiga criadagem do lugar saqueando objetos de valor. Ao perguntar à sua babá sobre o paradeiro da família, leva um tabefe na cara. Sim, ele merecia. E aquele chinesa estava de saco cheio de aturar criança mimada.

O final é relativamente feliz. O guri aprende a dar sentido à existência à sua volta, reencontra os pais e sairá do oriente juntamente com o fim da guerra, não sem antes contemplar o brilho de mil sóis dos bombardeios sobre Hiroshima e Nagasaki.

  • Império do Sol. Título original: Empire of the Sun. Produção americana de 1987 com direção de Steven Spielberg e roteiro de Tom Stoppard e Menno Meyjes, com Christian Bale, John Malkovich, Miranda Richardson e Ben Stiller. Guerra/Drama ‧ 2h 34m

10 comentários:

  1. caramba, vi no videocassete
    classico

    abs!

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  2. Assisti esse filme a muitos anos, excelente. Sobre os japoneses, recomendo o texto abaixo,.

    https://contraditorium.com/2018/02/27/nao-leia-este-texto-se-quer-continuar-achando-japao-fofinho-bonzinho-injustamente-atacado-na-2a-guerra/

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    1. lembrei da russia de hoje

      https://extra.globo.com/noticias/page-not-found/milicia-pro-putin-usa-pulseiras-para-identificar-combatentes-com-hiv-hepatite-diz-ucrania-25597258.html

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    2. Dedé, ótimo texto, ainda mais pelas imagens fofas das japinhas e o clipe do slayer.

      Scant, não basta o cara estar preso na Rússia, com HIV e hepatite C. Ainda tacam o fodido no campo de batalha.

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    3. Abreviar o sofrimento do cara, talvez? A piedade a que a esquerda se permite?

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    4. Acredito que as pulseiras sirvam para evitar contágios, por meio de contato com fluidos, especialmente sangue. E também pela atividade sexual entre soldados gays. Isso é complicado porque, a princípio, se os condenado tomam as medicações, então não transmitiriam HIV, em tese. Mas ainda paira a questão sobre a Hepatite C. Mesmo assim, duvido que um país em guerra dê acesso à medicação adequada. Mas acho que a essa altura tanto faz. Precisam de gente no front e já estão catando no xilindró. Quanto à piedade da esquerda, ela age como um rolo compressor sobre pobres e miseráveis, mas em nome do "amor". 1984 de Orwell nunca foi tão presente. É muita gente estúpida tentando encontrar mil e um motivos para votar em extrema-esquerda. Acredito que não adianta se assombrar mais com isso. Daí, vem o dilema pragmático se até nós deveríamos cultivar a piedade, pois os anos de chumbo que se avizinham não terão espaço para este sentimento. Penso que será cada um por si.
      Mas, em resumo: não é para abreviar sofrimento, é para usar recurso humano; não existe mais piedade no mundo.
      Abraços!

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  3. Adorei o que os japoneses fizeram de torturar e matar chineses das piores formas possíveis.

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    1. Muitos inocentes sofreram. Pobres coitados, camponeses, mulheres, crianças.... Oficiais, elite do Partido etc., estes não sofreram nada.

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    2. ama teu próximo como a ti mesmo.

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    3. "ama teu próximo como a ti mesmo"... Os próximos. Os distantes, às vezes. kkkkkkk

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