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quarta-feira, 8 de julho de 2020

Aquela pilulazinha enrugada

Imagem de meu acervo pessoal.

I want you to know that I'm happy for you
You Oughta Know

Achei que passaria mais um mês afastado após a matéria anterior, mas a grata surpresa desta semana me fez retornar para sugerir Alanis Nadine Morissette, em 4k, aos nobres colegas e aos que aqui caírem de paraquedas.

Tomei conhecimento do disco Jagged Little Pill por meio da TV Cultura. Não recordo se nos programas Vitrine ou Metrópolis. Exibiram o clipe Hand In My Pocket e fiquei deslumbrado. Ou "alumbrado", como dizia meu amado poeta Manuel Bandeira. Na mesma semana, estando no centro da cidade, fui à loja Comeg Center e pude ouvir alguns minutos do CD. Achei ruim. Estava sem dinheiro e, mesmo que o possuísse, não o compraria. Pensei que só prestaria Hand In My Pocket, em todo o álbum. E CD era caríssimo, naquela época, para se comprar por apenas uma faixa. Só para os mais jovens terem ideia: o CD Legião Urbana Música para Acampamentos custava mais de um salário mínimo em minha adolescência, logo após a conversão de URV em Real.

Algum tempo depois, minha grande amiga Wanessa Wanderley (vulgo Madonna), com seus cinco quilos de brincos em cada orelha e os cabelos multicoloridos (entre rosa-cheguei e laranja-holanda, com tons de azul-encardido), me reapresentou o CD. E me emprestou. Em casa, ouvi cada faixa e me apaixonei. Cresci, enfim, sob o signo de Jagged Little Pill e o considero um dos melhores álbuns realizados neste planetinha infectado. E, logo após uns meses, Madonna me apresentou outro alumbramento: Vanessa Michelle, minha primeira namorada de verdade, meu primeiro grande amor. E, curiosamente, Vanessa lembrava bastante Alanis em sua fase áurea, na fase Jagged Little Pill

Wanessa Wanderley, minha inesquecível amiga, onde quer que você esteja, obrigado por tudo. Havia mencionado esta maluca na postagem Mjadra, sendo a pessoa que, no finado colégio CDI, gravava para nós conteúdo da MTV em VHS.

Esses dias, por mero acaso, vi no Youtube os clipes Ironic e Hand In My Pocket em 4K. Fui pego de surpresa. Além deles, pesquisando mais, ainda topei com You Oughta Know e You Learn. Que maravilha poder rever aquelas pérolas em excelente definição e constatar que Alanis, mesmo com o testão abarrotado de espinhas (em 4K, vemos até os cravos), era realmente linda. Achei oportuno, aqui, compartilhar minha surpresa quanto a isso, recomendar os vídeos reeditados e, claro, falar um pouco sobre minha vida. Afinal, isto é um blogue, não um mega portal.

Não sei o destino de Wanessa Wanderley. Perdemos totalmente o contato. Não a encontrei em rede social alguma nem em pesquisas a esmo na rede. E olha que sou razoavelmente bom em vasculhar vida digital alheia. Já Vanessa Michelle me pareceu estar bem (dentro de uma certa proporção). Ela não quis entrar em tantos detalhes sobre sua vida, embora tivesse também curiosidades sobre a minha. Atualmente, está casada com outra mulher e elas possuem um filho chamado Théo. Vida que segue. Bola pra frente, entre recordações de beijos sabor graviola e canções de Adriana Calcanhotto.

Essa "remasterização" - ou seja lá como se chame - dos vídeos se deve à comemoração dos vinte e cinco anos de lançamento do fabuloso álbum. Meu exemplar (foto acima) comprei em 1997. Perdi a caixa. Mas resgatei o encarte e o CD está rodável.

Vanessa e Wanessa, amo todas vocês. Sempre as amei. Sob o signo de Jagged Little Pill. Sonho um dia nos revermos e tomar uma Coca-cola juntos, falando abobrinhas sobre a vida. Mas é apenas sonho em seu estado mais puro, pois isso é impossível.

Abraços lacrimejantes e até a próxima.









domingo, 28 de junho de 2020

Admirável Mundo Novo

Jovem consciente com mascrinha e alquinho. (Foto de Gustavo Fring no Pexels)


Oh, Admirável Mundo Novo em que vivem tais pessoas.
- Miranda em A Tempestade, de William Shakespeare

Esta postagem complementa meu Diário de Quarentena. Seriam novas páginas do diário. Contudo, nunca fiquei em isolamento. Então seria "diário durante a quarentena alheia". Pois o brasileiro continua qual gado, percebo: confina, desconfina. Por enquanto ainda rola quase dois paus de auxílio emergencial por família e está de boa. Mas quando a ração acabar... Nosso poder público realmente subestima os riscos do caos social e econômico.

Não por acaso, o título para esta postagem remete à obra de Aldous Huxley. Seria uma mera distopia se não estivesse tão próxima. Recomendo a todos a leitura deste romance, ao lado de 1984 e d'A Revolução dos Bichos de George Orwell bem como O Senhor das Moscas de William Golding.

Em Huxley, o Estado detém controle absoluto sobre sua vida. Não acerca de suas relações familiares, porque não existe prole naturalmente, mas apenas gerada em tubos de ensaio. Nos campos de educação do Governo, crianças são erotizadas em tenra idade. Todo o conhecimento clássico foi banido e o grande vilão da trama é um selvagem erudito, profundo conhecedor de Shakespeare (cristão monarquista) e da Bíblia. Os nomes dos cidadãos são dados em homenagem aos fundadores desse brave new world: "Lenina" é um deles, por exemplo.


Cotidianamente, caminhamos para esse império global previsto há décadas. No momento, para implantá-lo e a plenos pulmões, há o establishment progressista global, um mundo sem fronteiras gestado por organismo internacionais, partidos nacionais imbuídos por ideologias macabras e as maiores fortunas do planeta injetando bilhões por dia neste afã. A única opção contrária é rejeitar integralmente tudo isso, sem delírios sobre parcimônia e equilíbrio entre agendas conflitantes. Enfim: não me estenderei sobre isso. Quem quiser compreender melhor este ponto de vista, recomendo postagem recente: Pandemia e o mundo segundo Tio Patinhas.

E vamos lá... Esses dias foram movimentados em meu cotidiano e no mundo.

Já mantive plantel de galinhas, em casa, com quase setenta aves. Me rendiam em torno de trezentos ovos caipiras ao mês, além dos ovos destinados à reprodução. Contudo, decidi removê-las para a roça da minha sogra devido ao trabalho excessivo e porque queria o espaço para outros empregos. Nestes dias, voltei a me dedicar à criação de animais, mais para porcos, diante da grande quantidade de carne e gordura obtidas. O couro suíno também é ótimo alimento, seja grelhado junto à carne (pururuca) ou cozido em feijão. Porcos de algumas raças chegam facilmente aos duzentos quilogramas. Contudo, estou apostado no caipira. Resumidamente, trata-se de um vira-lata: come de tudo, pode pastar à vontade e quase não adoece. Estou nessa empreitada com a sogra. O custo é muito baixo, quando temos espaço para pasto. Sim, porcos e galinhas também pastam. Damos restos de alimentos, farelo (cuim de arroz), milho e, se possível, soro de leite (raramente e dependendo do acesso e do preço). Apostar em “comida viva”, nestes tempos, é o melhor caminho.

Ando retornando aos meus projetos de horta. Estou com tudo pronto. No entanto, mantenho as sementes guardadas porque ainda não é o melhor momento. Há muita oferta de folhas e legumes por aqui. Torço para que continue assim. Mas, claro, em matéria de sobrevivencialismo, não podemos apenas torcer. A dúvida é se farei horta suspensa ou diretamente no chão. A primeira ideia é a melhor e a comumente praticamente onde moro.

Continuo correndo todos os dias. Às vezes, mais de uma vez por dia. mantenho o ritmo e sigo surpreso por conseguir retomar todo o meu condicionamento em corridas ao ar livre, após tanto tempo só treinando em academia. Acredito que nem tão cedo os governos locais permitirão a reabertura plena de academias, na maioria das cidades. Penso em adquirir estação de musculação. Veremos.



Joguei muita coisa tanto em PS4 quanto no XBox. Gostei bastante de Resident Evil 2 (remake) e 4 (remasterizado). Confesso que realmente me assustei no primeiro e me diverti bastante com o ritmo deste último. Gostei tanto que comprei o remake do terceiro (o qual ainda não joguei). Recordo de um primo bem mais jovem do que eu rodando o quarto no PS2. Ao jogar e morrer tantas vezes, tendo de retornar lá longe, onde salvei na "máquina de escrever" (artifício para guardar o progresso), lembrei dos arcades com ficheiro que tanto joguei quando criança, quando a Capcom era mestre em papar fichas arbitrariamente.

O dito acima é basicamente o que ando fazendo no campo de vida pessoal. Além disso, também estou trabalhando normalmente, dentro do possível. Felizmente, o serviço anda em dia e nada está represado. Alguns colegas de outras unidades estão sob a cama, enriquecendo ilicitamente e, certamente, terão muito serviço acumulado após o retorno. Sim, porque voltaremos à nossa atividade a fórceps. E, neste meio tempo, o que fizemos? Ficaremos na História como vítimas do maior engodo global. Camundongos no maior experimento globalista de condicionamento social. Antas de todos os credos, raças e gêneros, mascarados, submetendo-se ao risco de uma hecatombe socioeconômica devido a achismos de um organismo internacional sombrio e escuso: Organização Mundial da Saúde; basicamente, uma “OrCrim” (Organização Criminosa).



Falando nisso, durante esses dias, descobrimos que a OrCrim mentiu sobre as pesquisas que endossou a respeito do uso da hidroxicloroquina. Mentiu deslavadamente. Não vou me estender tanto sobre isso. Em poucos minutos, Fernando Conrado fez um “apanhado” jornalístico sobre tudo. E não dá para refutá-lo, colega. São fatos. E, logo após, sobrevivemos à peste negra (coronavírus?), para ver que a OMS mentiu novamente, quando sufocou vozes dissonantes que, há meses e meses, insistiam que quarentena horizontal não é a solução. Aliás, pessoas assintomáticas raramente conseguiriam transmitir o vírus. Logo, passaram a advogar a quarentena vertical. E o Bonoro é que era doido!

E vivemos, igualmente, para ver, em meio a toda essa zona, nosso Presidente da República, num estrondoso vídeo secreto vazado por nossa Suprema Corte, conspirando em prol de nossa liberdade, de nosso sagrado direito de ir e vir sem sermos algemados e jogados ao chão pelas polícias e guardas civis. Curiosamente, às portas fechadas, o Presidente da República trama com seus Ministros para que as promessas de campanha sejam cumpridas. Onde já se viu isso? Um Chefe de Estado quebrando a tradição de mentir ao eleitorado. E, falando em Supremo Tribunal, onde os Supremos reinam (palavras de Gilmar Mendes), descobrimos, pela boca de Barroso, que o Presidente da República deve cumprir ditames da OMS (a OrCrim), sob pena de crime de responsabilidade. Já folheei a Constituição da República acerca disso e ainda não encontrei. Mas, se tratando de OrCrim que frauda e divulga estudos fraudulentos, normal o apoio de nossa Corte de Supremos.

Os maiores bilionários do planeta se tornaram, apenas nos EUA, 434 bilhões de dólares mais ricos durante esta "pandemia para trouxas". É o metacapitalismo que odeia liberdade de mercado e promove a todo custo a quebradeira entre pequenos e médios empreendimentos, acabando com os riscos da concorrência. Há quinze anos, Olavo de Carvalho nos apontava o fenômeno em artigos no Jornal do Brasil. As maiores fortunas da Terra unidas a Governos globalistas e aos organismos multinacionais para impor agendas aos cidadãos e moldar estilos de vida e, sobretudo, de consumo. Jeff Bezos, Bill Gates e Mark Zuckerberg não promovem o #FicaEmCasaJumento à toa, ou porque estão preocupados com sua saúde. Mas, sim, porque você verterá bufunfa e, sobretudo, poder para suas corporações.

Enquanto rola essa merda toda, Prefeitos enriquecem. Governadores correm para construir búnqueres onde guardarão tanta grana roubada. Jornalistas pagam atores para enfrentar policiais com tubos grosseiros de sangue falso. E os blogueirinhos isentões e progressistas ainda pensam que nosso problema é o Bolsonaro, que vai se mostrar o único que acertou nesse imbróglio todo e, talvez, do fundo da vala, ainda saia por cima da carniça. E, sim, acertou. Veja bem, caro mancebo: daqui a pouco, todos estarão nas ruas vendendo, comprando, produzindo, contratando prostitutas e enchendo a cara. Em minha cidade, estão assim há alguns dias. Alguns morrendo devido à Covid-19 e outros devido à unha encravada, que serviu de porta de entrada para infecções diversas. Porque assim é a vida, Charlie Brown.

Falando em governantes espertalhões, vimos a enxurrada de ações do Ministério Público Federal no Covidão. Prefeitos e Governadores pegos em flagrante com milhões de reais em dinheiro vivo dentro de suas casas ou em poder de seus asseclas. Todos os ardorosos advogados de lockdown são corruptos. E ainda ficou de fora a bufunfa impossível de ser auditada, pois alegam seu emprego em insumos consumíveis ou descartáveis (álcool em gel, máscaras, luvas e capotes).





Ando lendo e relendo bastante Disney esses meses e me deparei com a ótima O Tesouro dos Dez Avatares, do fantástico Don Rosa. Nela, o velho sovina pretende descobrir a mítica Shamballa para explorá-la comercialmente, gerando empregos para a região paupérrima e, claro, lucros para si. Mas ele topa com o Marajá local, avesso à ideia. Ele não quer seu povo trabalhando e prosperando, em busca dessa coisa tal vil quanto o dinheiro. Ele quer todos na miséria, pois assim mantém seu poderio dando esmolas e, quando possível, recebendo ajudinhas externas. Você acha mesmo que Prefeitos e Governadores se preocupam com nossa saúde? O Gestor quer sua lojinha falida. Você e seus empregados, antes homens livres e donos de si, agora precisarão ir às portas das prefeituras pedir cestas básicas, tubinhos de "alquingel" e vouchers para comprar gás de cozinha. Caia na real, pequeno mancebo. Nem a OrCrim-OMS se importa com sua saúde, quanto mais prefeitozinhos.

Os dias continuaram loucos, porém normais, onde Olavo de Carvalho continua a ser difamado por trinta segundos de vídeo, por pessoas que nunca leram nada dele. Falando no Olavão, sempre irei meditar bastante antes de qualquer ataque que possa emitir. Até mesmo antes de eventual crítica. Tenho gratidão por cada sugestão de leitura que me foi dada por ele, de Viktor Frankl a Ortega y Gasset, onde abri minha visão de mundo (especialmente de geopolítica) mais do que lendo trocentos livros obrigatórios durante toda a minha vida. Com O. de C., aprendi que, entre a Teoria da Conspiração e a da Mera Coincidência, talvez seja melhor dar mais atenção à primeira hipótese. E não é que, esses dias, também nos chegou a célebre palestra com Fernando Haddad onde ele admite que a Open Society financiada pelo metacapitalista George Soros orienta as políticas públicas "positivas" (cracolândias, abortos indiscriminados, feminismo sexista etc.) capitaneadas entre petistas (comunistas) e tucanos (fabianistas)? E seria "teoria da conspiração", hein.

Sem surpresa alguma, vi Gabinetes do Amor, no Congresso, serem pegos com a boca na botija, em horas de áudios, tramando a criação de contas, com dados roubados, para criar fake news contra o Gabinete do Ódio e a turma do mal apoiadora do Governo. Aliás, os mesmos gabinetes que iniciaram procedimentos contra... fake news. E nada aconteceu. Agora, imaginem por um minuto se um terço dessas conversas viessem de algum Parlamentar governista.


Ainda ressurgiram os super ciberpiratas do Anonymous, que revelaram ao mundo o nome completo de Bolsonaro e seu cartão de crédito com compras da esposa. Sim, só isso mesmo de concreto. O restante é "achismo".




Já um pouco bestificado, vi o ato de beber leite em apoio aos produtores rurais como simbologia nazista (porque leite é branco, estão ligados, né?) e a bandeira da Ucrânia ser elevada a nazismo. Ainda esta semana, no Canal do Boi (sim, eu o assisto), vi entrevista com a Ministra da Agricultura onde, sobre sua mesa, estavam laranja e copo de suco da mesma fruta, em apoio à agricultores. Seria ela uma laranjista?

Em minha minúscula cidade, houve movimento #BlackLivesMatter, com todos devidamente caracterizados: camisetas negras no melhor estilo de milícia fascista italiana, rostos bem cobertos, tacos de beisebol, martelos e outros apetrechos de paz e amor. A manifestação ocorreu após a execução de um homem negro, dentro da cidade, após ter fugido da Polícia Rodoviária Federal. Só que, no dia seguinte, a instituição informou que o autor do disparo (jovem com 23 anos de idade, despreparado), é negro e, aliás, ingressou no órgão dentro das cotas destinadas a afrodescendentes. Mas sem problema. Aí o movimento continuou com seu ativismo, mas chamando o policial de capitão do mato. É o que sempre digo: qualquer pessoa acima dos vinte anos de idade que leve movimentos esquerdistas a sério possui, necessariamente, problemas mentais. Aproveito para recomendar aos amigos o excelente Pastoral Americana.




Enfim: continuo delirando, tocando a vida enquanto vivo, temendo organismos internacionais e metacapitalistas (como bom conspiracionista que sou) e, acaso adoeça, tomarei cloroquina ao invés de tubaína.

E, para fechar com chave de ouro: semana passada flagrei um ex-estagiário, ardoroso defensor do #FiqueEmCasa, jovem aguerrido "das esquerdas", guerreirinho da Justiça Social, bebendo num barzinho com a galera. Além dos engrupidos, temos os hipócritas. E o show de hipocrisias não para por aqui. Estupefato, descobri que uma amiga de trabalho (muito bem de vida, aliás), ardorosa defensora do #FicaEmCasaPorra, manteve a construção de um imóvel seu sem qualquer interrupção. Aliás, a obra andou a todo vapor. Aumentaram o número de pedreiros: todos aglomerados e sem focinheira, suados qual porcos sob o escaldante sol do semi-árido.

Mas o que seriam casos como os acima narrados perto de celebridades como o ativista Fábio Porchat, que mente em suas lives informando estar "quarentenado" e, milagrosamente, perdendo até mesmo peso com dietas e treinos caseiros, quando é flagrado, na verdade, correndo todos os dias, sem máscaras, nas ruas? Ou o Governador de Santa Catarina, aglomerado em meio a centenas de pessoas num hotel fazenda, curtindo os festejos juninos sem máscara? A elite progressista é isso: te mantém em casa com focinheira para que, assim, possam curtir a vida com segurança em locais públicos, sem riscos de contaminação junto ao populacho.


Passei um mês sem postar nada aqui. A partir desta semana, ingresso de férias e me dedicarei a cuidar mais da casa, ler bastante, ir à roça, cuidar de perto de porcos e galinhas (embora não precise tanto, pois a sogra dá conta), dentre outras coisas. Possivelmente, será outro mês ausente daqui.

Abraços sanitizantes e até a próxima.


Consumidos durante esta postagem: bolo de milho com Fanta e um Chococino.

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Diário de Quarentena

Montagem de Yaroslav Danylchenko no Pexels


1. Estou velho e preciso cuidar da saúde. Assim, há algum tempo vou à academia regularmente. E tomei gosto pela coisa, aliás. Treinar me faz bem em todos os sentidos. Como ela se encontra fechada e sei que não abrirá nem tão cedo, estou correndo. Voltei a correr na rodovia aqui perto após anos sem fazê-lo. Corro em torno de dois quilômetros num bom ritmo e depois caminho a mesma distância. Acho que está bom. Conseguiria fazer mais, mas não sou atleta como o Presidente e não quero me foder com eventual dor muscular. O objetivo é tão somente cuidar da saúde e sentir o prazer de me exercitar.

2. Jogo bastante videogame e agradeço por ter comprado consoles recentemente. Me ajudou a preencher o tempo esses dias. Não tenho medo de sair de casa. Estou saindo. E indo às casas dos amigos para jantar e também recebendo amigos em casa. Mas não há lugares a ir no dia a dia com tudo fechado. Imagino a quantidade de pessoas com depressão crônica que estão à beira do suicídio. Mentalmente, estou de boa, embora preocupado com o colapso socioeconômico que se avizinha. Amiúdes: ótimos investimentos os que fiz em consoles e jogos físicos. Estou zerando tudo, sempre em modo "normal". Até fiz nova compra esta semana. Para XBox: Assassin's Creed IV Black FlagAssassin's Creed Odyssey. Para PS4: Uncharted 4 Thief`s End. Optei por este último em especial porque, esses dias, zerei os três primeiros jogos e me apaixonei. Como fã de Tomb Raider, foi natural a atração.

3. Sobre games, sugiro as postagens: Red Dead Redemption (2004) Jogos bonitos que joguei.

4. Li bastante também. Contos, novelas e gibis. Quanto a estes últimos, reli toda A Morte do Superman da Panini. Adoro esta saga boba caça-níquel por isso: é boba, simples, velha guarda. Quando guri, comprei em banca as edições Abril. Fiz muito sacrifício para isso. Eram caras. Depois, perdi-as devido a problemas com água na casa (longa história). Mais à frente, pude recomprar tudo novamente. E, quando saíram as da Panini, cofrei. Também li gibis Disney e estou com vontade de continuar com eles a todo vapor. Quanto a livros, acho que lerei, agora, Insônia de Stephen King. Apenas esses dias percebi que comprei o livro há bastante tempo e ficou repousando na estante. Curiosamente, não encostei nele. E olha que li vários do mesmo autor pelo Kobo neste meio tempo.

5. Não vi nenhum filme. Acho que há dois meses não vejo filmes nem seriados. Por quê? Não sei explicar. Ando preferindo alguns vídeos curtos no Youtube enquanto almoço ou janto. Assino Netflix, Prime Vídeo e possuo IPTV (porque de graça é mais gostoso e só não sonego imposto de renda porque descontam na fonte). Mas mais para minha filha mesma assistir. Opção para ela, quanto a isso, não falta. Nunca fui mesmo de ficar caçando produções nessas plataformas. Em regra, baixo por aí o que quero ver.

6. Pretendo me afastar um pouco de redes sociais como Facebook, Instagram e Twitter. Não posto nada nessas plataformas. Mas acesso postagens de amigos e sou assíduo em alguns grupos do Foicebuque. Na verdade, sinto é saudades das comunidades do Orkut e sei que, hoje, não encontrarei nada como aquilo. O mundo mudou e eu também. Simples assim. Acho que perco tempo em rede social. Não vale a pena perder tempo neste momento. Estou lendo e jogando. E ficando com minha filha. Preciso aproveitar mais isso. O tempo gasto em rede social é perdido. Há coisas legais. Mas precisamos filtrar bastante e, após horas deslizando telas, fica o saldo insatisfatório.

7. Ando metendo diariamente como sempre e feliz que o pau sobe bem, mesmo com meus quase quarenta anos de idade e hábitos poucos saudáveis. Considerando que transo com minha esposa desde que ela tinha dezessete anos de idade e que estou há onze anos nessa labuta, é gratificante perceber que o tesão ainda surge mesmo assim. E isso é importante: fodam bastante. Homem tem prazo de validade. Um dia, sua piroca deixará de subir. Vovô sempre me dizia: "Aproveite enquanto é novo". E, como falei, ando longe de ser "novo".

8. Estou trabalhando. Pouco, pois vem aparecendo pouco serviço. Já falei aqui antes. Sou Oficial da Justiça do Trabalho e preciso ir às ruas. Mas há anos uso e abuso de ferramentas eletrônicas. Meras notificações (mesmo iniciais) fazia por e-mail e WhatsApp. Penhoras de imóveis: utilizo Google Earth e Street View. Em penhoras de veículos e demais bens móveis, muitas vezes, pedia fotos ao devedor, redigia o Auto e o remetia por qualquer via eletrônica. Após assinado, apenas juntava ao processo. Para Cartórios, acesso Malote Digital. Precisamos ser criativos. E sempre fui quanto a isso. Sempre rendi muito no trabalho sem me estressar tanto quanto alguns colegas. E até divulguei boas práticas, adotadas pela maioria. Então, quanto ao serviço, não mudou tanto. Produzia bastante em casa e continuo produzindo. Só não imagino como serão as futuras execuções trabalhistas contra tanta gente fodida à beira da miséria.

9. Estou pondo as coisas em dia. A vida não pode parar. Enquanto vivo, continue vivendo. Esses dias, fiz manutenção em carro. Troquei pneus (prejuízo). Deixei televisor na manutenção para trocar placa T-Con. Troquei o display de ar condicionado e comprei motor novo para uma geladeira. Sim, tudo isso de prejuízo num mês. Obsolência programada dos eletrodomésticos. E ressalto, com isso, a importância de redundância: ficaria sem geladeira em plena pandemia. Mas sorte que possuo mais duas. E ainda moro em lugar onde, mesmo neste período, tive acesso à manutenção.

10. Consegui comprar duzentas munições dentro da cota de meu registro de arma de fogo. Hoje, recebi a notícia que o Planalto elaborou projeto normativo para quinhentas e cinquenta unidades por mês! Seria um avanço histórico em termos de liberdade. E destaco que, há pouco tempo, houve aumento no limite. Mas creio que isso não passará adiante e, se passar, Procuradoria da República tomará providências junto à nossa prestativa Justiça para barrar. "Curiosamente", os membros do Ministério Público não abrem mão do acesso a armas. É o Brasil das oligarquias burocráticas, do establishment anti-indivíduo. Tenho certeza apenas disso: o desarmamento virá a todo vapor ano que vem, após a queda do Presidente, seu sitiamento integral ou internação em clínica psiquiátrica. Portes não serão renovados e armas poderão ser confiscadas (então "perca" a sua). Clubes de Tiro serão desautorizados pelo Exército. É bom estocar munição. O novo pacto social virá com reforço estatal recheado de opressão. Já falam abertamente sobre ele. Acerca do que penso, postei Pandemia e o mundo segundo Tio Patinhas. Não me estenderei mais sobre isso. O futuro do planeta é a opressão, ratifico. Vozes dissonantes serão ridicularizadas e soterradas.

11. Dedetizarei a casa amanhã e, para isso, dormirei dois dias na casa da sogra. Se moro no fim do mundo, a casa da véia é o limiar do nada a lugar algum. Essa parte da dedetização integra os "cuidados com a casa". Se vierem ordens para não sairmos mais à frente, ao menos não conviverei com insetos. E é possível que tais ordens surjam. Não devido à Covid-19, mas, sim, devido à necessidade imperiosa de avançar mais ainda essa máquina perfeita de produzir loucura e miséria, encontrada "quase que por sorte" pelo mundo global e sua sede por corrupção e controle social.

12. Preciso cuidar das plantas porque andam meio abandonadas e muito lixo se acumulando no quintal. Mas choveu bastante e apenas com a estiagem dá para fazer isso.

13. Darei um tempo no blogue também. Gosto daqui. Obviamente, se não gostasse, não o manteria. É terapêutico e exercício lúdico. Me sinto bem em escrever e, aqui, mantenho a prática; além de topar com pessoas queridas e interessantes. Mas é que o afastamento de redes sociais inclui este espaço. Continuarei acessando blogues que gosto (parceiros ou não) e comentando sempre que achar oportuno.

14. É isso. Aproveite este momento para algo bom. Em breve, bombas piores virão. Algo bem além de problemas sanitários. Aí, sim, você precisará se estressar para valer. Por enquanto, tudo está fora de controle e você nada pode fazer a respeito. Mas ainda há espaço para relaxar.

15. Abraços (simbólicos) e até a próxima.

sábado, 18 de abril de 2020

Pandemia e o mundo segundo Tio Patinhas


Enquanto o vírus avança, a liberdade recua.
Guilherme Fiuza, Liberdade em perigo

O Estado brasileiro é nosso maior inimigo! 

Ricardo Boechat

A menor minoria na Terra é o indivíduo. Aqueles que negam os direitos individuais não podem se dizer defensores das minorias. 

Ayn Rand

Onde era a casa de Adão e Eva? Era o Universo inteiro. No processo seguinte, o civilizatório, existe a ideia de isolar, controlar e administrar. A salvação humana depende de que alguém controle as coisas. E as tentativas de controle sempre terminam muito mal; terminam em guerras, revoluções, morticínios, desilusões e decepções sem fim.

Olavo de Carvalho no filme O Jardim das Aflições

As pessoas estavam sempre se preparando para o amanhã. 
Eu não acreditava nisso. O amanhã não estava se preparando para elas. Nem sabia que elas existiam. 
- Cormac McCarthy, A Estrada, p. 73, Editora Objetiva, 2006

Cormac McCarthy, citado acima, é um de meus autores preferidos. Meridiano de Sangue estaria no top 10 dos melhores livros por mim lidos, acaso eu fizesse listas. E A Estrada é um romance bem oportuno para o momento atual. Aliás, o mesmo foi adaptado para o cinema em 2009. Para quem gosta de cinema de verdade, também indico O Conselheiro do Crime (2013), cujo roteiro original é do próprio McCarthy. Mas não falemos de obras ditas "cultas" aqui e sequer de cinema. Vamos aos gibis e suas valorosas lições.

Às vezes, nas obras mais descompromissadas - sejam livros, quadrinhos ou cinema -, encontramos trivialidades mais que bem vindas. Hoje, para mim, foi o gibi Tio Patinhas n.° 01 da Culturama, com duas histórias excelentes que remetem à vida no garimpo do velho muquirana. Junto com o Chico Bento, Tio Patinhas é, para mim, um dos melhores personagens dos quadrinhos. A diferença é que Tio Patinhas continua com boas histórias (italianas, dinamarquesas etc.), sem afetação pelo patrulhamento politicamente correto. Já o Chico... prefiro nem mais falar. Ainda acerca de minha paixão pelo Scrooge McDuck, sugiro a postagem Quadrinhos Disney, Culturama e A Saga do Tio Patinhas.

Na história Lembranças do Passado, Dora Cintilante afirma jamais deixar animais silvestres entrarem em sua casa. Patinhas os usa para esquentar o ambiente e, assim, economizar com lenha e demais insumos, no gélido Klondike, advertindo-a que: "O tempo muda as coisa". Ou seja: cedo ou tarde, ela precisaria mudar esse ponto de vista, esse capricho sectário. Nos dias de bonança, Dora pode se dar ao luxo de aquecimento com gás e farta lenha seca. E quando as vacas magras chegarem? Achei bem oportuna a leitura desta HQ para os tempos onde vivemos. Não sei se você reparou, caro amigo, mas o mundo mudou.

Sou servidor público e vejo meus amigos e parentes acreditando piamente que nada vai mudar. Que o Brasil parará por meses e nossa sagrada remuneração cairá integral e religiosamente na conta no dia certo. E mais: que os mercados nos fornecerão comida farta e saudável a preços justos durante todo este período. Que o Presidente de nossa republiqueta, além de se expressar mal (péssimo, na verdade), delira quando afirma que o Brasil não pode parar, pois não existe vida a longo prazo sem suporte econômico. E, sim, sou eleitor do Bolsonaro e creio que ele errou feio ao sacrificar seu futuro político falando obviedades maquiadas em rede nacional. Poderia ter sido mais franco: há um vírus letal no ar e pessoas morrerão. Matemática de guerra básica: quantos? Se utilitaristas, optaríamos por menos no menor prazo possível. A longo prazo, um sistema de saúde estará igualmente colapsado em meio à crise econômica irrefreável. Na miséria, pessoas morrem ainda mais por doenças até banais, suicídios e vitimados pela violência extrema. Não acho que esse isolamento integral, como vem sendo feito, ajude realmente no longo prazo. Arquitetos da fome e do controle social já falam em quarentenas até 2022.

Ah, sobre meu voto, é isso: trata-se de meu voto. Vote em alguém você também. Assuma lados. Atualmente, ao menos possuímos algo positivo: a polarização política. Isso é positivo? Claro, pois antes possuíamos apenas um ponto de vista. Veja bem, caro garoto: vivemos no Estado brasileiro. Infelizmente, anarcocapitalismo não existe. Talvez exista um dia, quando chegarmos ao nível de existência Mad Max mode on. Por enquanto, temos Estado. Este, possui Governo. E este é ocupado por pessoas. Por trás dessas, há ideias, ideais, ideário ou ideologias. Ficar apenas em cima do muro bradando por mundo melhor e se queixando da "falta de opção" não resolverá porcaria alguma. Enfim: tomemos lados. Direcione-se ao lado com o qual você mais se identifica e o assuma.

Há dois caminhos bem definidos quanto ao futuro político global: a esquerda progressista e seus delírios sangrentos e o liberal-conservadorismo, baseado na filosofia do ceticismo. Não existe terceira via a não ser a da punhetação mental, a do eterno "discutamos sexo dos anjos" para posarmos de espertinhos. O extremos não se tocam. Isso é frase feita. Os extremos são extremos e, como dizia minha avó: "Água e óleo não se misturam". E nem adianta vir com a grande sacada de garoto espertinho afirmando: "Ah, mas a água e o óleo se tocam". Por favor, não faça isso. Retire mais sua cabeça da lua e ponha mais seus pés no chão. É impossível conciliar pautas e agendas com quem quer destruí-lo. Pense nisso.

Sei que ficar sobre o muro é confortável. Isentão boa praça. As paredes são largas e o ambiente mais ventilado. Além de tudo, você ainda posa de espertinho, um cara que não segue a manada, bastante politizado para não sair tomando partido de qualquer forma. E ainda dá para usar algumas citações sobre "equilíbrio", "ponderação" e "fanatismo". Outra vantagem: está sempre de bem com todo mundo. Só que o fedor da merda, fatalmente, o atingirá. Isso se não derrubarem o muro e você cair justamente do lado mais inadequado às suas convicções mais secretas.


Voltemos à "pandemia"... O Presidente também poderia ceder ao coro dos Governadores e da grande mídia: "Fiquem todos em casa, você dona de casa, você médico, você caminhoneiro". Aliás, o que raios as pessoas estão fazendo com supermercados abertos? Então as vidas daquelas pessoas nada valem? E os motoqueiros? Todos para casa! Seria mais simples e, em pouco tempo, todos precisariam repartir entre si os dividendos da carnificina. Nosso Presidente, politicamente equivocado, tomou este fardo todo para si.

Amiúdes: seja na rua ou em casa, por meses e meses, nada será como antes. A conta está chegando. E ainda há aqueles para quem a ficha não caiu, postando "comidinhas de quarentena" e seus treinos marotos em stories. Sempre as mesma hashtags simplórias: "Querentene-se", "Fique em casa", "Desacelere-se". As velhas turmas facilmente identificáveis: a) universotários alienados por professores revolucionários que ganham mais de vinte paus por mês; b) dondocas que não conhecem o funcionamento dos empreendimentos familiares; c) servidores públicos acostumados a ter pixuleco na conta todos os meses; d) empregados achando o máximo ficar em casa sem trabalhar, crentes que só patrão se foderá; e) alienados de toda ordem; f) "loucos de todo o gênero" para recordar aqui o antigo Código Civil brasileiro.


No começo do ano passado, postei sobre Li Ziqi e seu canal no Youtube, destacando como não somos preparados para sobreviver sem facilidades modernas e o lambe-lambe estatal, em troca de sua liberdade e de seu rabo. Perto do final da postagem, em confronto com a geração Peter Pan, ressaltei: "Quase todo mundo deseja morar em grandes cidades, ou medianas, com acesso imediato a serviços de saúde, boas escolas e shopping center. Como posso julgar quem faz tal opção? É natural. Mas em algum momento pagaremos o preço por esta escolha. Zi Liqi, não.". E esses dias estão próximos. Quem não leu o post, o faça. Não foi profético porque esta crise é fitness. Creio certamente que as maiores estarão bem próximas e envolverão guerras, diversas doenças e fome massiva. FAO, OMC e OMS, aliás, alertaram para o risco de crise alimentar. Até estes organismos internacionais corruptos se prestaram a divulgar o óbvio. Entenda: você não terá Whey Protein Black Skull. Você possivelmente não terá feijão com arroz todos os dias. Há grandes chances de não podermos comer três vezes ao dia. E, curiosamente, estaremos cheios de saúde contra o coronga, né?

Abram os olhos, guerreiros do #FiqueEmCasa. Seus investimentos financeiros derreterão. Dividendos não serão pagos. Títulos não serão honrados. Dívida pública não pode ser rolada ad aeternum. Aliás, quem quer título podre no pós-corona? Simples assim. E confisco é sempre uma possibilidade. Aliás, algo já ocorrendo a plenos pulmões por Governadores sedentos de controle social intenso. Aqui em meu Estado, e.g., abriram a possibilidade expressa por Decreto, inclusive com ordem aos "agentes" para que invadam casas e segreguem famílias diante de indícios de contágio. Tudo a bem do "coletivo"...

Junto a tudo isso, vivi para ver boa parte da nação torcendo pelo vírus. De repente, a hidroxicloroquina e o vermífugo nitazoxanida passaram a ter contraindicações abomináveis. E olha que até minha filha de cinco anos de idade utilizou Annita (marca comercial) mais de um vez. E a hidroxicloroquina foi vendida durante décadas sem receituário especial e, inclusive, distribuída entre povos ribeirinhos. Não bastasse essa paranoia sobre efeitos colaterais, o Partido dos Trabalhadores postula no Supremo Tribunal a vedação total da recomendação desta droga no tratamento da COVID-19. O vírus pode não vencer, mas a torcida organizada é forte.

Ainda no mesmo box Culturama, há gibi Pateta n.° 01 onde, na história O Planeta do Grande Cérebro, toda uma civilização entra em colapso porque a inteligência artificial que frita até ovos no café da manhã fora roubada. Qualquer semelhança com nossa realidade não é apenas mera coincidência. Estamos integralmente dependentes de grandes centros urbanos e suas comodidades para existir. As pessoas creem realmente que tudo sempre estará bem e que o Estado resolverá nossos problemas. Ninguém mais se preocupa em cultivar um pé de coentro, criar animais para abate e cozinhar sem gás de cozinha. Sei que a vida em apartamentos impede isso. Mas mesmo quem reside em grandes centros urbanos não possui nenhuma cautela, nenhuma preparação, em caso de colapso. Todos estão compenetrados em analisar folhetos de agências de turismo e seguir as dicas de canais de investimento, quando relegaram sua sobrevivência básica à sorte, ao Estado e seus burocratas e ao pesado cassetete das guardas e polícias no lombo. 

Sobre a atuação das guardas civis e da polícia militar: vivi para ver a turma Paz & Amor pedindo, escancaradamente, o fascismo total, apoiando tortura de cidadãos nas ruas. Na minha família, há gente achando o máximo a geolocalização via telefonia celular e monitoramento até de espaços privados por drones. Sempre achei que somos carentes por controle social e, estes dias, tive a prova da qual precisava. Prepare-se para levar tapa na cara porque foi comprar o pão fora do horário... se houver pão para comprar!

Ainda vejo muita gente fofa postando lições valiosas de amor ao próximo em rede social sobre "não estoque, pense no próximo". Alguns pararam com a ladainha. Creio terem caído na real. Vi um colega postando essa asneira há algumas semanas, xingando estocadores. Pela intimidade e porque há dias onde não me contenho, joguei a real: "Sério que você e sua família só estão com o básico para a semana?". Ele nada respondeu e apagou o sermão. Deve ter corrido para o supermercado, agora com filas e limitações para consumo.

Na postagem Coronavírus com Stephen King destaquei as precauções tomadas por mim há alguns anos, e ainda acho que fiz pouco. Há tempos, mesma na contramão do mercado, venho falando sobre a necessidade em se ter acesso físico a metais preciosos: barras e moedas de ouro e prata. No blogue anterior, ressaltei a necessidade de reforçarmos nossa autodefesa, adquirindo facas, armas de pressão, balestras e até mesmo armas de fogo. Há centenas de canais sobre isso no Youtube, conteúdo gratuito. Neste novo site, aliás, postei sobre Como obter autorização para posse e porte de arma de fogo e, ali, ressaltei a necessidade de todo cidadão ter, em sua residência, acesso a poder de fogo.

Outro aspecto curioso trazido pela pandemia é a Síndrome de Estocolmo global: ninguém pode falar mal dos nobres irmãos chineses e de seu vírus que, aparentemente, possui assinatura do Instituto de Virologia de Wuhan. Obviamente, essa conta não se cobrará. Podemos até cobrar, mas é título podre: "Devo, não pago". E todo o ocidente tem sua cota de responsabilidade, quando confiou à ditadura comunista crudelíssima (ainda mantém campos de concentração, especialmente para uigures) seu parque industrial. Aliás, confiou à China a maior parte da produção de insumos e equipamentos médicos e hospitalares.

Durante esses dias, testemunhamos o fascismo vivo no coração de cada gestor público, inclusive com ordens às polícias para descer a corda no lombo do gado, e tudo aplaudido pela mídia e pelos jovens (e velhos bocós) revolucionários. Como não sabemos conviver em sociedade, estamos mesmo qual gado: confina, desconfina, dá ração, tira ração. Testemunhamos como é frágil o tecido social. A civilização é uma lasca de verniz. Mas podem morrer milhões que, mesmo assim, a maioria não tirará lição alguma de tudo isso. E, enquanto isso, se encantam com as modelagens trazidas ao Brasil pelo erigido a gênio do ano Átila Iamarino, o Doutor Youtuber que já demonstrou ter o dedo podre para escolher os piores modelos à nossa realidade, cujas "apostas" batem sequer na trave, desconsiderando aspectos como clima, pirâmide etária, programas nacionais de vacinação, doenças típicas, densidade demográfica etc.

Ah, aos fãs do Youtuber: o cara passou mais de mês elogiando o acesso à informação chinesa e as providências tomadas lá, quando qualquer pessoa com um pouco de massa cinzenta sabe que não se pode confiar em banco de dados chinês. Agora, sem poder mais segurar a mentira, o Partido Comunista atualizou seu "errinho" em 50% (por baixo). Quem foi lá dizer que isso é normal? O Doutor brazuca! O mesmo Doutor afirmou, ainda, ser quase impossível este vírus ser fruto de manipulação, mesmo com divulgações públicas antigas mostrando que isso ocorria com coronavírus, biomatemáticos premiados informando a respeito e até mesmo Nobel de Medicina que teve acesso a mapeamentos.

Por que insisto, aqui, até nesse carinha? Porque isso é a cara do Brasil: pagar pau para detentor de titulação sem resultados práticos em nada. Não é à toa que ganhou atenção da Fundação Padre Anchieta, dirigida essencialmente pelo Governo paulista, para fazer circo midiático no Roda Viva junto a "jornalistas" que embolsam até meio milhão de reais por ano para trabalhar quatro dias ao mês.

Outra "novidade velha" é a falta de espaço público para cadáveres. Agora, Prefeitos vão à rede social dizer não saber mais o que fazer com defuntos, como se andássemos tropeçando em cadáveres pelas ruas. Capitais entraram em colapso funerário com cinquenta defuntos. Hoje, resido numa cidade pequena e os cemitérios locais têm dificuldades em estocar corpo para o descanso eterno. Há anos é assim. Muitas famílias optam pela sobreposição de urnas. É o jeito. Em Caruaru - PE, quando minha avó morreu (há uns vinte anos), não sabíamos o que fazer com os restos. Por sorte, o marido de minha tia conseguiu mexer pauzinhos para socar tudo dentro de uma gaveta familiar. Hoje, a situação está amena devido à proliferação de cemitérios particulares. Em nações antigas, funcionam sistemas de câmaras de consumpção: larga o ente querido ali para apodrecer e depois deve buscar a ossada. Destino de cadáver sempre foi problema urbano.

Certamente, estou bem longe de ser o portador da verdade e posso, aqui, estar falando inconveniências. Talvez o caminho correto para uma boa vida seja o descompromisso com a própria sobrevivência e a crença de que os outros resolverão tudo. Que deveras vale a pena dedicar toda a vida ao hoje sem esquentar a cabeça com banalidades como fornecimentos de gás de cozinha e energia elétrica, pois a humanidade sempre dará um jeito para que isso jamais falte por longo prazo em sua casa. E comida saudável em abundância nunca faltará nas gôndolas dos supermercados. Não estou aqui sendo irônico, tampouco sarcástico. Vai que estou mesmo errado em sempre me preocupar com essas coisas? Mas a despreocupação com suportes básicos à vida e a crença no Estado e nas pessoas iluminadas com títulos é, realmente, algo que não entra na minha cabeça nem à base de paulada. Assim como não acho viável essa prática de quarentena quase absoluta, por meses e a perder de vista, considerando sobretudo que quase 60% de nossas empresas são micros ou pequenas e que quase 40% de brasileiros atuam de maneira informal ou autônoma. E, repito sempre: na miséria, pessoas morrem aos montes.

Recentemente, vi que mais de 80% dos municípios brasileiros não tinham nenhum caso da Covid-19. Certamente, em muitos podem haver. Mas talvez sejam aqueles casos mais simples, assintomáticos ou facilmente confundidos com resfriados, onde o sujeito tomou canja de galinha, duas colheres de mel com limão e ficou bom em poucos dias. Então façamos o seguinte: reduzam isso grosseiramente para 50%, para concentrar apenas aquelas cidades bem distantes de onde há casos notificados. Feito isso: por que todo o Brasil precisa estar sitiado, quando em centenas de localidades poderia haver razoável movimentação de pessoas, mercadorias e prestação de serviços? Com os devidos protocolos de higiene, claro. Esse lockdown total não parece razoável, ainda mais considerando a prática de fechamento de fronteiras, divisas e limites, reduzindo expressivamente o fluxo de pessoas.

Para os advogados do #FiqueEmCasa a todo custo, apoiadores de que o Governo Federal deve gastar até o que não tem para que isso ocorra e que tudo se resolverá com taxação de grandes fortunas (seja lá isso nos dias de hoje, com economias baseadas em ativos e que se movimentam com um clique em aplicativos), meu franco obrigado. Como Servidor Público Federal em final de carreira, torço para que continuem lutando por mim, para que eu permaneça até 2022 cuidando do jardim, em home office, com salário em dia.

A citação de Cormac McCarthy em epígrafe é ambígua, aliás. Você pode se cercar de diversos cuidados e mesmo assim dar com o burro n'água. Contudo, ali, ele se expressa em termos apocalípticos, naquele ponto onde o colapso da sociedade não terá retorno. E este ainda não é momento.

Abraços exponenciais e até a próxima.
Yuppies em happy hour falando de dividendos e justiça social, crentes que o mundo sempre será assim.

Família comum brasileira devidamente quarentenada no barraco.

Imagem de meu box onde vieram as edições mencionadas na postagem.

Sugestão de leitura para este momento e faca para courear.

quarta-feira, 18 de março de 2020

Coronavírus com Stephen King


O politicamente correto me proíbe de criticar a China - vaca sagrada do comunismo - pelo vírus. O vírus chinês não veio da China e a autocracia absoluta do Partido Comunista que abafou casos e dados essenciais não abafou casos e dados essenciais. Assim, não falarei da China nem do vírus chinês.

A instituição pública onde labuto mandou quase todo mundo para casa (teletrabalho), devido ao medo de contágio pelo coronavírus (Sars-Cov-2, causador da doença Covid-19). Para mim, não mudou muita coisa, pois, embora exerça atividade de natureza externa, encontrei meios de, com uso de diversas ferramentas eletrônicas (e-mail, WhatsApp, Google Earth, Malote Digital etc.), resolver problemas sem sair de casa. Faço isso há anos. 

A escola de minha filha também fechou e as academias da cidade receberam mesma ordem. Em breve, fecharão comércios variados.

Por medo, estou evitando comer fora. Aliás, estou evitando sair, realmente. Se é para haver confinamento, que seja. E o que vier, que venha. Há anos e anos sei que colapsos sociais são fáceis de ocorrer e, aos trancos e barrancos, me preparei um pouco para eventualidades assim. A despensa está cheia até o teto. Remédios foram comprados. Possuo estoque de munição para arma de fogo e para de pressão (a gás). Estou com 3,5 mil litros de água guardados, tenho acesso para obter mais de graça aqui perto de casa e produzo energia elétrica devido a painéis fotovoltaicos. Ainda quanto à energia, guardei carvão e madeira boa para queima (possuo fogão à lenha) e três botijões de gás.

O relatado acima pode ser o diferencial à sobrevivência de minha família ou ser totalmente irrelevante em caso de hecatombe humana. Mas, como dizia minha mãe (e creio que a de vocês também): "Melhor prevenir do que...". Ainda preciso de gasolina e, logo amanhã cedo, comprarei 120 litros aqui perto. Pouco, mas ajuda bastante. Certamente, os maiores problemas surgirão pós-confinamento, após o colapso econômico e gente matando nas ruas por um saco de feijão. Portanto, todo excesso é pouco.

Enquanto estou confinado, ocupo meu tempo com leituras, cuidados com casa e videogame. Preciso me exercitar e talvez faça isso na rua, em algum lugar ermo, mais ou menos como recomendado pelo Scant. Quanto a livros, acho que esta é a oportunidade ideal para se dedicar a grandes volumes. E, considerando o momento, andei pensando... Qual melhor leitura do que A Dança da Morte do Rei do Maine? Na trama, o mundo é devastado pelo vírus Capitão Viajante, uma espécie de supergripe que se alastra sem dó. Acerca desse romance maravilhoso (um dos melhores a que tive acesso), recomendo minha resenha. A edição mais atual está disponível "de grátis" no LeLivros. Aproveite! Quando li, o fiz no meio físico, com letras pequenas, pouca margem e espaçamento diminuto. Hoje em dia, não faria isso. Não possuo mais visão para algo assim.

Enfim: fica a sugestão de leitura para quem estiver de quarentena. Se estiver na dúvida, dê uma lida na resenha acima indicada. E aproveite mesmo a ocasião para se deleitar com esta obra prima. Pode ser, inclusive, o último livro que você lerá.

Abraços virais e até a próxima (ou não!).

sábado, 11 de janeiro de 2020

D'O Berço do Herói a Roque Santeiro


“Tô certo ou tô errado?" - Sinhozinho Malta

A vida de noveleiro me deixou no ano de 2004 para nunca mais retornar. Na verdade, a TV aberta ficou quase totalmente no passado, em minha vida, mais ou menos neste mesmo período. As últimas telenovelas vistas de cabo a rabo foram: Da Cor do Pecado (das sete), onde torci pelo sucesso do casal Preta e Paco, e Celebridade (das nove), quando, de certa forma, tomei partido da "vilã" Laura (Cláudia Abreu), pois achei que, realmente, Lineu (Hugo Carvana) merecia morrer e a "mocinha" Maria Clara (Malu Mader) não passava de uma sonsa oportunista.

Aos dezesseis anos de idade, na banca de revistas Terceiro Mundo situada na Avenida Rio Branco de meu sublime torrão, vi exposto o livro O Bem-Amado de Dias Gomes, mencionado desde a capa como "farsa sócio-político-patológica em 9 quadros", em apenas um ato. Conhecia teatro lendo Ariano Suassuna e Skakespeare e o formato não foi novidade para mim. Contudo, Dias Gomes foi paixão à primeira leitura. Logo após, na mesma banca, comprei Sucupira: ame-a ou deixe-a, venturas e desventuras de Zeca Diabo e sua gente nas terra de Odorico, o Bem-Amado. No caso, tratam-se de roteiros escritos para a televisão e me surpreendi seduzido por aquela forma narrativa dinâmica. Depois, trouxe para casa a peça político-ideológica A Invasão e, mais de dez anos à frente, comprei O Berço do Herói.

Todos os livros são da Betrand Brasil, incorporada ao Grupo Editorial Record. Atualmente, em algumas pesquisas, verifico que continuam a publicar trabalhos do autor com novo trabalho gráfico. Gosto mais da primeira leva de capas. Talvez ainda garimpe por aí edições da primeira versão desta coleção para completá-la. Talvez... pois ando lendo mais "formato digital gratuito".

Recordo bem das notícias do falecimento do autor em 1999, ao mandar o taxista acelerar para chegar logo à sua casa após ter jantando numa cantina italiana. Tragicamente, após a colisão, seu corpo foi arremessado pela porta aberta e comprimido entre o veículo e uma estrutura urbana. Para mim, ali, falecia um dos melhores autores de folhetins para TV, ao lado de Aguinaldo Silva, Benedito Ruy Barbosa, Gilberto Braga e Sílvio de Abreu. Diferente de todos os colegas autores mais badalados, Dias Gomes chamava atenção pelo estilo de vida radical chic, comendo caviar e arrotando comunismo, aproveitando seu trabalho para espalhar sua doutrina macabra com bastante bom humor. Ele foi realmente muito bom ao que se propôs. Fui noveleiro até o ano de 2004 e conhecer Dias Gomes, especialmente por Vale A Pena Ver de Novo, me fez colocá-lo no pódio dos melhores. E no pódio dos mais chatos, igualmente. Oportunista, exigiu retornar à frente de Roque Santeiro quando percebeu o sucesso da novela nas mãos de Aguinaldo Silva.

O fantástico em Dias Gomes sempre me pareceu plausível. Criança, morria de medo do Professor Astromar Junqueira que, ao som de Zé Ramalho, transformava-se em lobisomem. Eu era muito pequeno e mantenho essa memória. Utilizo programas televisivos como marcadores temporais para identificar dada fase passada de minha vida. Acompanhei integralmente seu derradeiro trabalho O Fim do Mundo, na verdade uma minissérie rotulada de telenovela para tapar buraco na programação. Em 2013, pudemos apreciar o onírico e o surreal no remake de Saramandaia. Mas Roque Santeiro, para mim, sempre será a melhor novela de todos os tempos, até porque não as vejo mais para tecer comparações. É um trabalho perfeito: enredo inteligente, cáustico e bem humorado, ótimas atuações, caracterizações inesquecíveis como Sinhozinho Malta e Viúva Porcina, ambientação, produção de arte, figurinos e trilha sonora.

Ao começar a ler Dias Gomes, descobri a origem de Roque Santeiro na peça O Berço do Herói. Nesta, Cabo Jorge é dado como morto em confronto direto com nazistas durante a guerra, tornando-se logo herói nacional, personagem constante em obras militares, nome em destacamento e, inclusive, sua cidade Natal passa-se a chamar... Município de Cabo Jorge. Após dez anos, anistiado de eventual crime militar, ele retorna como mero cagão, assassino de camponês italiano para assumir seu lugar e, assim, fugir do conflito. Descobre, então, que inventaram toda uma história lucrativa sobre si, a viúva que nunca fora sua esposa - Antonieta - e que o Major Chico Manga fora o mentor intelectual de quase todas essas bobagens. A vinda a público de seu retorno e a verdade sobre sua história levará a cidade à falência e o Exército ao ridículo. O que fazer? Dar cabo do Cabo, ora. Esse mote caiu em desgraça junto às Forças Armadas brasileiras, por debochar da instituição de heróis nacionais de coturno. Tanto é assim que a novela teve trinta e seis capítulos gravados na década de '70 e, por decisão do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), nunca foi ao ar. Numa escuta clandestina, arapongas do Governo flagraram Dias Gomes assumindo que Roque Santeiro seria O Berço do Herói com nova roupagem. Ao invés de desertor, Jorge (cujo nome agora seria Roque) se aproveitaria do saque de cangaceiros na cidade de Asa Branca para roubar o ostensório de ouro da igreja, capar a mula e começar nova vida a Europa. Mas ficou o mito que o santeiro local, na verdade, lutou e morreu contra os cangaceiros, protegendo a Igreja.

Em 1985 a trama pode, definitivamente, ser gravada para exibição. No elenco, mantiveram o insuperável Lima Duarte, também famoso, à época, pela interpretação de outro personagem icônico do escritor baiano: Zeca Diabo.

Achei bacana, neste momento, indicar livros do dramaturgo gauche caviar, ao mesmo tempo em que recordo minha fase noveleira, a qual tanta diversão me trouxe, da infância à adolescência.

Fico por aqui. Abraços televisivos e até a próxima.