sábado, 25 de maio de 2024

Um disco fake dos Guns N' Roses

Não sei precisar há quanto tempo possuo o CD acima, mas creio que se passaram em torno de 25 anos desde a aquisição. Comprei novinho, na loja, junto com meu irmão. Destaco ter sido "novo" porque comprávamos muitos CDs em lojas de usados, então bem comuns na minha antiga cidade, igual a sebos. Hoje, mal achamos sebos decentes, exceto de livros didáticos. Tenho um carinho imenso por este álbum e, somente após meus trinta anos de idade, descobri se tratar de um álbum originalmente fake.

Sempre achei estranho o fato do encarte possuir duas capas e dois nomes distintos em cada uma. Seria um "dois em um" que nunca compreendi durante anos. Mas é que Live ?!*@ Like a Suicide foi fake em tudo e se tratou do primeiro EP de estreia da banda. É fake porque não foi ao vivo. Gravar ao vivo seria mais caro e apenas inseriram sons de público após a obra pronta em estúdio. Inventaram também um selo independente que, na verdade, pertencia à poderosa Geffen Records. Como o selo chamava-se UZI Suicide, os membros da banda passaram a chamar o álbum de Live Like a Suicide, uma brincadeira com o "live" de "ao vivo" (um ao vivo fajuto elaborado em estúdio) e do verbo "to live".

Quando a banda lançou seu segundo LP, o Lies (o primeiro foi Appetite for Destruction), juntou as música do EP de 1986 e, com tempo, passou a editar as capas em duplicidade. Daí é que surgiu essa coisa estranha, misturando músicas "ao vivo" com estúdio, duas capas bem distintas e dois títulos esquisitos. Nada como um disco chamado Lies para abarcar uma grande mentira do passado da banda.

Tenho um apego imenso pelo que foi Guns N' Roses. Ouvi bastante toda sua discografia impecável, exceto por Chinese Democracy. Foi uma banda integrada por bons músicos, deu ao mundo projeção ao Slash e seus diversos riffs de guitarra, simples e que nunca serão esquecidos. Sem esquecer compositores como Axl Rose, Izzy Stradlin e Duff McKagan. E o vocal único de Axl, claro, o qual atualmente canta igual ao Mickey Mouse. Até a bateria de Steven Adler era diferenciada. Foi um grupo perfeito para a época. Eles todos foram os caras.

Abraços suicidas e até a próxima.

4 comentários:

  1. esse pessoal de gravadora era perito em fraudes

    abs!

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  2. Em 2011 tive o prazer de assistir Guns e SOAD na mesma noite no Rock In Rio. Apesar da chuva e do atraso, o Guns entregou uma excelente apresentação.

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    1. Nunca fui a um grande show. Nem irei. Tenho um problema sério com multidão. Um pavor, na verdade. Eu estava em Recife, por exemplo, durante shows dos GnR e de Amy Winehouse. Pouco tempo depois, infelizmente, esta última bateu as botas. Mas não me arrependo. Não gosto da "euforia", só das canções. Eu não ficaria à vontade e, para mim, ouvir música é um ato solitário. Cada um com suas loucuras!!!! Abraços

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