quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Um Lugar Silencioso 2


Lembre-se do que dizem: todas as histórias já foram contadas. 
Então, se você precisar contar uma, conte direito!
Citação em David Boring

John Krasinski olhou para o passado e percebeu que bons filmes são simples. Pegou o clichê "humanos contra criaturas grotescas", investiu poucos trocados, editou tudo em apenas uma hora e meia e o resultado foi o filmão Um Lugar Silencioso (A Quiet Place, 2018), com sequência em 2020. Assim que assisti ao primeiro, adorei. Pensei: filmão, retornei aos anos '80. Mas apenas hoje assisti à continuação. E esse atraso tem motivação bem simples: há vários anos não fico mais na fissura de assistir ou ler algo. Vai tudo no seu ritmo e quando possível. Só vi a sequência porque minha cunhada passou a senha da Globo Play há alguns anos e, por acaso, vi a TV ligada hoje com a thumb do filme. Então pensei: é agora.

Para quem desconhece a história, o mote é banal. Num certo dia, criaturas caíram do espaço e destruíram este mundo. São cegas (certamente, têm origem onde a visão é inútil, creio). Mas possuem audição atômica, captando a queda de agulhas a quilômetros. Saem trucidando tudo que se mexe. São rápidas, grandes e fortes. As carapaças suportam fogo e balas. O ponto fraco é quando desprotegem a cabeça para apurar a audição, onde podem ser feridas de forma letal. A família Abbott anda descalça para não fazer barulho. No máximo, sussurram para se comunicar. Já no início do primeiro filme, o filho mais jovem é feito em pedaços. No final, na luta pela sobrevivência, o patriarca falece (cena abaixo). Ele é daquele tipo paizão protetor da tradicional família "fascista", o tipo mais odiado pela militância sexual tresloucada. O segundo filme inicia com breves minutos sobre o mundo imediatamente antes da invasão: a família Abbott está de boa curtindo um jogo de crianças, comendo cachorro quente e tomando refrigerante. Veem rochas fumegantes caindo na Terra e pronto... O Molusco chegou a Brasília? Não, foram monstros espaciais! Em alguns minutos, tudo foi para o inferno e deu PT (perda total). Então, rapidamente, o filme continua de onde parou: o remanescente familiar em fuga, onde encontrará ajuda num antigo amigo da família: Emmett (Cillian Murphy, o Tommy Shelby de Peaky Blinders). E começará aí nova jornada, com a revelação para sobrevivência: os alienígenas não conseguem nadar.

Não há explicação sobre a origem das criaturas. Mas tenho esta teoria: caíram aqui por acaso em algum evento cósmico que os arremessou em nossa atmosfera. Um asteroide, por exemplo. Talvez estivessem num planeta que se extinguiu e, como são formidavelmente resistentes, estavam espalhados montados em rochas pelo espaço sideral. Por mero acaso, aportaram aqui.

Esse tipo de filme será sempre atual, pois usa fórmulas simples. Basta acertar na mão. E, como falei, Krasinski acertou em tudo, sabendo contar a história direito! Aliás, esses dois filmes são atualíssimos para a realidade brasileira: uma nação silenciosa, onde quem falar se dará mal, nas mãos de criaturas tenebrosas.

Abraços silenciosos e até a próxima.


Machista tóxico e sua masculinidade nociva.

4 comentários:

  1. Eu vi o primeiro e vi o segundo também. Achei bem legal até. Bastante ação e um pouco de tensão em alguns momentos. Bom filme, principalmente para passar o tempo. Ultimamente, faltam filmes legais como esse sem muita enrolação, como você bem disse no texto. No Netflix, mesmo, só acho esses filmes batidos falando sobre jovens na puberdade, pegadores, putaria e pouca ação. Costumo ver só os filmes velhos e não sei se a assinatura está valendo a pena. Não vi ainda o Avatar novo. Me lembro que esse era um filme bom pra passar o tempo também, cheio de efeitos especiais. Abraços!!

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    1. "não sei se a assinatura está valendo a pena"
      Para mim, não vale. Só mantenho pela família mesmo. Melhor assinar HBO, Prime (baratinho e dá frete grátis) e Youtube, principalmente para ouvir música sem propaganda e considerando que sempre tem gente upando conteúdo bom para lá, especialmente filmes mais antigos.
      Dá para se viver, tb, sem assinar nada. Mas ficar procurando conteúdo para baixar é um saco. Passei tantos anos procurando filmes, séries que cansei disso. Mas acho que, hoje, se eu vivesse sozinho, não assinaria nada. Usaria TV só pra jogar videogame.
      Abraços!

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  2. *censurado* dá 24 horas para Neófito explicar o que dizer com esse post.

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    1. Belíssimo Majestísssimo *censurado*, preliminarmente, informo que estou glorificando sua figura três vezes ao dia, como "recomenda" o Manual Cidadão da República Democrática dos Povos do Brasil (o novíssimo nome de nossa nação, de muito bom gosto, aliás). Informo, como o requisitado, que o post apenas se refere a obras de ficção, sem nenhuma relação com nossa abençoada realidade nacional. Vida longa ao Rei.

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