No blogue anterior, havia postagem sobre Família Soprano. Neste, quando escrevi O mundo fake em Arquivo X, a mencionei dentro de meu Top 5 Seriados. Fico sempre em dúvida qual seria a melhor série de TV vista por mim. Família Soprano está sempre ali, disputando a pole position.
Conheci a disfuncional família mafiosa na HBO, quando assinava o canal. Acho que em 2002/2003. Depois, me mudei, não assinei mais nada e optei por ir comprando os boxes no ritmo em que saiam por aqui, os quais ainda guardo numa prateleira empoeirada cheia de DVDs que, creio, jamais serão revistos. Há poucos anos, recomendei o seriado à minha esposa, que o maratonou em semanas e afirmou ser a melhor, ao lado de Breaking Bad. E isso considerando que ela prefere programas de humor, como Two and a Half Men e The Big Bang Theory.
Sopranos foi impecável em tudo, desde a melhor vinheta de abertura realizada aos pôsteres de Annie Leibovitz (cópias descaradas dos trabalhos de Gregory Crewdson, suponho). Falando em fotografia, não sei como mantiveram o nível tão elevado, durante todos os episódios das seis temporadas. A recorrência a sonhos (abordagem meio junguiana, me parece), chegou a lembrar Twin Peaks e como nosso subconsciente, às vezes, atua de maneira quase sobrenatural. Em dois episódios, Tony descobre traições durante o sono ou delírio, processando (em suspensão) informações as quais não eram bem analisadas quando desperto.
Acima, quando mencionei disfuncional, não foi apenas quanto à sua família de sangue (esposa, filhos etc.), mas também em sua famiglia mafiosa, a Cosa Nostra de New Jersey e sua delicada relação com os bandidos de New York. E acredito piamente que David Chase criou seus personagens mantendo contatos com a máfia ainda então ativa nas cidades retratadas, assim como Mario Puzo quando escreveu O Poderoso Chefão convivendo, boa parte da vida, entre criminosos, ainda que enquanto outsider.
Em setembro, chegará à telona The Many Saints of Newark, com Michael Gandolfini interpretando o personagem que eternizou seu pai, James, falecido há quase dez anos. A semelhança física é grande e, no trailer, nos deparamos com todos os elementos essenciais à série: a raiva e a melancolia de Tony Soprano, sua mãe tóxica, a tentação pelo mau caminho e o apego à religiosidade.
Que venha esta "prequela", com bastante molho de tomate, cafezinhos tomados em frente ao Satriale's Pork Store, crises existenciais, chumbo e banhos de sangue intermináveis.
Excelente! Conheci o seriado nesse mês. Vi um comentário que dizia "é um poderoso chefão que nunca termina", assisti ao piloto e sigo desde então. É realmente incrível. Logo no início, só vinha à mente o personagem Michael, de GTA V, cujo contexto sempre gostei. Como é bom conhecer as fontes de influência. Pretendo finalizá-lo e assistir ao Twin Peaks, logo em seguida.
ResponderExcluirGostei dessa definição. O show não termina nem quando termina, ademais. O último episódio termina como começou: apenas mais um dia normal na vida de um mafioso. O último episódio de Todo Mundo Odeia O Chris acabou justamente igual a Soprano, como forma de homenagem.
ExcluirÉ um Michael de GTA, sem ser corno.
Valerá cada minuto de seu tempo, assim como TP.
Bom, deixei meu comentário sobre Família Soprano no seu canal do YouTube. Não sei se vejo com bons olhos um filme. Fizeram isso em Breaking Bad e o resultado ficou aquém de minhas expectativas. "BREAKING" foi ótima. Sensacional. Também indico La Casa de Papel, no sentido de que não deixam a peteca cair.
ResponderExcluirUm abraço.
Acho que o filme El Camino se propôs a ser apenas um grande episódio de BB, para matar a saudade dos fãs. Acredito que este filme será igual: um grande episódio sobre o passado de Tony. Só quero matar a saudade, mesmo.
ExcluirVi LCP em pedaços, enquanto minha esposa assistia. Ela gostou. Eu, nem tanto. Mas é que realmente não vi, só de relance.
Abraços!
LCP é foda! Ok que tem umas forçação de barra as vezes, mas é muitcho loko, véi
ExcluirAgora estou seguindo PONTO CEGO - uma moça cheia de tatoos é encontrada desmemoriada e ela vai trabalhar no FBI para desmontar uma grande quadrilha que tem algo a ver com sua origem. Não é algo icônico. Na verdade, é bem padrão de séries investigativas como Law And Order, CSI e outras. Mas a mulher das tatoo é uma beleza que dificilmente se vê. É claro que eu vejo mais por causa do urso, meio feinho, mas interessante na trama.
ExcluirVi a chamada para esta Ponto Cego. Pensei ser algo meio prison break. A moça eh gatinha... Quase comecei a assistir. Mas acabei pondo de lado. Ando evitando seriados novos pq ocupam muito tempo. Assisti a Black Summer. Tudo. Totalmente dispensável!
Excluir"interpretando o personagem que eternizou seu pai" - acho bonito quando a ficção apronta dessas usando a realidade
ResponderExcluirdesejo tudo de bom pra essa sequencia e aguardo futuras resenhas suas
talvez se torne interessante para futuros fãs começar pela sequencia
abs!
Será apenas um filme simplório para alegrar os saudosistas. Algo como El Camino de Breaking Bad. Ao menos, é o que suponho...
ExcluirOs Sopranos, assim como Twin Peaks citado acima são duas séries que tenho muita vontade de assistir mas ainda não o fiz. Isso se deve principalmente a minha preguiça de acompanhar séries o que me faz sempre preferir filmes porém nessa quarentena, aos poucos tenho me permitido maratonar coisas novas.
ResponderExcluirPesquisei sobre o ator e ele é realmente bem semelhante ao pai, espero que a série faça juz à fama da anterior.
Abraço,
Blog Parágrafo Cult
Olá, garota!
ExcluirTb passo por esse dilema. Me indicam várias séries. Mas quando vejo o número de episódios, me desanimo.
Posso estar perdendo coisa boa. Mas realmente haja tempo e disposição.
Abraços!