quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Saudades das profecias de Olavo de Carvalho

O vídeo acima me apareceu como recomendação do YouTube e veio em boa hora, pois há poucos dias eu havia postado na mesma plataforma algumas ponderações sobre o destino do ex Presidente Bolsonaro, usado constantemente como boi de piranha diante de qualquer escândalo nacional. O INSS está sendo saqueado e descobriram que o irmão de Lula está no esquema? Foco no Bozo. O dono do banco Master se beneficia de uma boa assessoria jurídica com esposas de Ministros do Supremo Tribunal Federal? Foco no Bozo. A crise fiscal chegou a um ponto de inflexão? Foco no Bozo. A COP30 é internacionalmente reconhecida como uma palhaçada? Foco no capitão frouxo. A coisa é por aí. Deu para entender. Mas, em meu vídeo, não passo pano para o Frouxonauro, pois ele colhe o que semeou: aliou-se aos seu inimigos declarados, praticou estelionato eleitoral contra boa parte de seu eleitorado e se cercou de gente safada que vivia em constante busca de manter "boas relações com os inimigos".

Em 2019, ocorreu um conflito público entre Olavo de Carvalho e o general Eduardo Villas Bôas, então assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional. A disputa teve início após uma série de críticas de Olavo aos militares do governo, especialmente ao ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz e, posteriormente, ao próprio Villas Bôas, em declarações publicadas nas redes sociais. As manifestações geraram forte repercussão dentro do governo e entre apoiadores das duas figuras. O general-geleia atribuiu ao professor acusações como: a) ser um "Trótski de direita"; b) "total falta de princípios básicos de educação e respeito"; c) prestar "enorme desserviço ao país" e d) ter participado de "praticamente todas as crises" vividas pelo governo Bolsonaro até então. Em resumo: o generalíssimo nada refutou e nem havia como tentar fazê-lo. De acordo com o Governo Bolsonaro, o melhor caminho seria manter boas relações institucionais com seus opositores, com as pessoas que queriam decapitá-lo em praça pública.

Como era bom ter o professor Olavo de Carvalho falando o óbvio em redes sociais. Felizmente, partiu em paz e com uma boa idade (74 anos), ao lado de seus familiares e bem longe desta pocilga apelidada de Estado Democrático de Direito (sistema de Governo) e República Federativa (formas de Estado e de Governo).

A seguir, compartilho meu vídeo sobre o assunto.

Abraços olavetes e até a próxima.

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

A Chácara do Silêncio - um crime real

Na postagem anterior, falei sobre os clubes de correspondência e ali juntei uma página de O Recruta Zero, com algumas dessas cartinhas enviadas por leitores que queriam manter grupos e contatos à distância por meio de missivas. Bateu uma curiosidade e me perguntei: “Por onde andam essas pessoas hoje?”. Para encurtar a história: uma delas queria trocar fotos de animais e contava com então 16 anos de idade em 1989. Chamava-se Diana e residia no Distrito Federal. Depois, descobri que era brasileira naturalizada, tendo saído do Chile devido à incompatibilidade de sua família com o governo do nobre e saudoso Augusto Pinochet.

Enfrentou muitos problemas na infância, precisando cuidar do pai, acometido por Parkinson; e, depois, da mãe, levada à indignidade pela esclerose lateral amiotrófica. Mas cresceu e tornou-se médica veterinária — gostava de animais de grande porte, pelo que entendi. Não à toa queria trocar fotografias de animais com leitores de quadrinhos.

Mas vamos lá... O que houve? Ela foi encontrada em estado avançado de decomposição em sua chácara, no ano de 2020, numa história cheia de elementos pra lá de obscuros. Achei interessante ler tudo o que encontrei sobre ela e escrever algo a respeito. O texto foi crescendo e se tornou uma meio-crônica, meio novela true crime. Resolvi organizar melhor as partes e publiquei como eBook na Amazon. Estará lá gratuito para quem quiser lê-lo pelos próximos cinco dias.

É uma história de vida que me tomou pela alma durante dias, desde que comecei a vasculhar a trajetória daquela adolescente que só queria trocar fotos de bichos pelos Correios, cresceu cuidando de animais e, depois, teve a vida envolta em muitos mistérios, com um final trágico e ainda hoje inexplicável — o inquérito foi arquivado pois, embora houvesse indícios de homicídio (ou feminicídio, como se diz hoje), não havia como chegar mais a lugar algum

Quando pensei na capa, quis emular algo parecido com as artes que estampavam as revistas Calafrio e Mestres do Terror, bem como publicações de horror da Taika e La Selva, quase sempre realizadas em óleo. Eram publicações maravilhosas que povoaram minha infância (meu irmão as comprava) e com seções de cartas divertidas, especial na Calafrio, com as respostas sem floreios de Reinaldo de Oliveira. Consegui o resultado desejado via uma combinação de ChatGPT e Gemini. Também utilizei como base uma imagem da Diana real, já madura e perto do fim, a qual tivesse acesso.

Bem, é isso. Vou ficando por aqui. Abraços misteriosos e até a próxima.

Link para aquisição (gratuitamente entre os dias 26 e 30 do corrente mês): aqui.