sexta-feira, 2 de julho de 2021

A trollagem mental de Alan Moore

 

 - Como a cultura desmoronou em cem anos?

 - Tornando-se irrelevante como sempre.

Diálogo entre Mina e Orlando em A Liga, Século: 2009.

Em Armada, romance de Ernest Cline, Carl Sagan é personagem e integra um poderoso esquema de ocultação sobre forças alienígenas que ameaçam a vida na Terra. Há alguns anos, ouvi relatos que Sagan sempre mentiu sobre o possível inverno nuclear, por questões políticas e "humanitárias". Não é bem a conduta que esperamos de cientistas. Mas estes são humanos, têm ideários e ideologias e, se junto ao Poder, fazem politicagem igual a um vereador de cidade pequena. Miguel Nicolelis e Drauzio Varella nos representam neste segmento. Se bem que, aí, pesa bastante a grana envolvida.

Grandes mentes podem mentir. De cientistas a artistas e escritores. Ou viverem em constante pilhéria, apenas pela mera curtição. E isso é natural.

Alan Moore escreveu os melhores quadrinhos por mim lidos. Para refundar a nona arte, foi precedido por quem a fundou. Não se "desconstrói" algo não edificado. Em dado momento, contudo, até ele se cansou dessas constantes desconstruções e pulou fora do barco, para se dedicar a coçar o saco, fumar maconha e adorar ao deus Glycon no porão de sua casa (a qual, dizem, fede à urina de gato). Alan Moore sumiu do mapa e resolveu destilar veneno ao mercado que ajudou a consolidar. Se leitores mais maduros se mantiveram fieis aos gibis, isso se deve em grande parte a Alan Moore, ao semeado por ele e seguido por dezenas de escritores.

Não acompanho mais muita coisa do ermitão urbano. Quero ler Jerusalém, mas para isso preciso de tradução, pois não posso encarar quase mil páginas de Alan Moore em sua língua. Ele ainda hoje se mostra insuperável e não acredito que outro igual surgirá tão cedo. Mantenho com carinho todos seus gibis lidos e sinto falta de alguns gibis antigos dos quais me desfiz. Vez ou outra, vejo algum vídeo com o autor, onde ele se expressa sobre o mundo à sua volta, e percebo que ele mente metade do tempo e, na outra metade, se mantém o grande fanfarrão de sempre. Alan Moore está trollando com tudo e todos mesmo quando parece falar sério.

Pela segunda vez vi a entrevista abaixo. E ficam evidentes as "contradições" do barbudão. Num dado momento, se mostra globalista, apoiando mundo sem fronteiras e questionando até mesmo um "casal de amigos íntimos" que se tornou conservador e votou favorável ao Brexit. Logo após, destaca a importância do fortalecimento local (algo parecido com o municipalismo brasileiro), com comunidades fortes e unitárias, meio fechadas em si, pois elas sim conhecem suas histórias e problemas. Ao renegar os filmes desmiolados com super-heróis, imputa a infantilidade norte-americana ao público conservador que está indo aos cinemas ver tais produções. E daí aponta que a herança global de Margaret Thatcher (que mulher, senhores!) é causa da geração de retardados que assolam o mundo. Em resumo: na primeira assertiva sobre o Brexit, está trollando; na segunda, mente sobre a premissa da oligofrenia contemporânea para justificar sua ânsia pela refundação do mundo.

O caipira americano eleitor de Trump não está lotando salas de cinema para assistir ao Homem-de-Ferro apoiando ambientalismo, pautas LGBTQI+ e raciais. Ele está preocupado com sua criação de porcos, se o ano será propício ao plantio e em fazer seus ajustes anuais de tributos. Quem consome a cultura pop atualmente produzida por Hollywood é justamente a massa de manobra progressista. Qualquer pessoa com dois neurônios passa longe da produção cultural atual. Moore sabe disso.

Não gosto de crentes perto de mim. São pessoas que me aporrinham. Mas defendo todas as formas de culto, inclusive a de Glycon. Pessoas mentalmente fracas precisam de sistemas religiosos para fundamentar suas vidas, sair do alcoolismo e parar de bater na esposa. Logo, religião é bom, em regra. Para não variar, o britânico ataca cristãos. Seu temor ao "fundamentalismo" religioso nunca se estende às culturas orientais ou a muçulmanos. O problema é a beata de seu bairro ou o carinha que doa 10% de sua renda ao Pastor. Isso é desonesto. Ainda mais vindo de um xamã. Conheço muito bem os sistemas mágicos sobre os quais se baseiam as obras da invasão britânica dos quadrinhos (Moore, Morrison, Gaiman etc.). E acho estranho xamãs (e "neopagãos") criticando os mais ferrenhos cristãos.

Alan Moore salienta a necessidade de mudanças. Para onde? Ninguém sabe. Mudar acima de tudo. Adiante e avante. É a meta do progressismo: sempre adiante, mesmo que para o fundo do abismo. E assim chegaremos ao fim da História. Mas ele é ressentido sobre o desprezo atual pelo clássico e pela História. Ele critica expressamente o desapego ao passado. Curioso, não é? Como ninguém o confronta, ele já se contradiz abertamente e ainda dá um sorrisinho.

Alan Moore não mudou. Continua mentindo e trollando o mundo à sua volta, torcendo pelo circo pegar fogo e é uma pena que não tenhamos mais grandes obras suas, dentro dos quadrinhos. Como performático, não perdeu a mania de mudar sua fisionomia quando comenta se o chá está bom ou se Tony Blair era realmente um cara maneiro que tocava Beatles no violão. Para seu desagrado, Promethea ainda não surgiu para refundar o mundo à sua imagem e semelhança, Miracleman ainda é apenas Micky Moran - homem classe média preocupado em pagar os boletos em dia - e, no coração de cada americano médio, mora um Comediante.

O casal de amigos íntimos criticado por Alan Moore, no mini-doc abaixo, o conhece bem, de tantos chás e cafezinhos que tomaram juntos. Seu pensamento, conheço após quase vinte anos de releituras de suas obras.

Por hoje é só, pessoal. Abraços.

Sugestões de postagens:

1. Miracleman: há algo de podre no reino editorial

2. A Voz do Fogo [ romance de Alan Moore ]

3. Do Inferno [ Alan Moore e Eddie Campbell ]

4. Pog de Alan Moore e Pogo de Walt Kelly

5. Encadernados brazucas de Alan Moore

6. A Liga Extraordinária, Século: 2009

13 comentários:

  1. Alan Moore é feito o Comediante, de Watchmen, um de seus inúmeros alteregos. É o cara que entendeu que tudo é uma piada. E não achou graça nenhuma nisso.
    Lembra-me muito, também, Raul Seixas, que mentia descaradamente em toda a entrevista que concedia, que escarnecia e debochava de todos os veículos de comunicação que, bem ou mal, divulgavam seu trabalho e lhe enchia os bolsos de grana.
    Também acho ele o fodão dos quadrinhos.
    Agora, adorar um deus serpente... tô fora.

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    1. Fala, Marreta.

      Sobre: "Também acho ele o fodão dos quadrinhos."

      Durante algum tempo, tentei compreender as pessoas que acusavam Moore de ser tóxico aos quadrinhos, com suas "desconstruções" sobre ícones da nona arte. A princípio, essas pessoas acreditam ser sua produção estéril, pois se fundamentou apenas sugar "mitologias" para cuspir com nova roupagem. Pensei a respeito e discordo até hoje. Ele foi essencial, escreveu material original maravilhoso e até em suas desconstruções foi feliz. Logo, concordo contigo. Ninguém escreveu com tanto refino e inteligência como Alan Moore.

      A adoração à serpente cabeluda seria mais a título de gozação, dizem alguns. Mas não. É sério. Existe mágica por trás disso e rituais são realizados diariamente sobre e para o objeto de adoração.

      Abraços!!

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  2. Olá, Neófito. Como vão as coisas por aí?

    "...fazem politicagem igual a um vereador de cidade pequena." isso é a mais pura verdade. Além de Drauzio Varella e o Nicolelis, temos o tal Marcos Pontes, o astronauta brasileiro. Com toda honestidade, ele pode até ser uma cara que se esforçou muito e venceu, de certa forma, mas não é um grande cientista, tampouco um bom político. Drauzio Varella então, doctor Globo.

    Nossa sociedade foi construída por mentiras, muitas vezes, que fazem o mundo continuar andando sem muitos problemas. O mundo dos que têm controle é outro, e eles sabem o que deixar de fora e o que colocar pra dentro para nos fazerem engolir. Acho que essas grandes mentes são muito mais fantoches, pois poucos têm força e coragem para impor suas ideias frente as adversidades. Mas não os julgo, cada um sabe o que têm a perder.

    Tenho uma dívida de leitura para com Alan Moore e Neil Gaiman, o primeiro me chamou a atenção com Watchmen e V de vingança, apesar de já ter lido sobre outras histórias boas, do segundo sempre quis ler Sandman. Até tenho baixado, mas ainda não consegui um tempo livre para dar uma maratonada nisso. Talvez em alguma férias por vir.

    "Em dado momento, contudo, até ele se cansou dessas constantes desconstruções e pulou fora do barco, para se dedicar a coçar o saco, fumar maconha e adorar ao deus Glycon..." Não digo que faria o mesmo, mas com o dinheiro que ele têm, acho que também mandaria o foda-se para essa vida de famosinho sendo perseguido por repórteres, só não iria fumar maconha ou adorar deuses loucos. Sou mais um Gin, Whisky, cachaça e (se eu fumasse) um cachimbo.

    "Não gosto de crentes perto de mim. São pessoas que me aporrinham... " Crentes ferrenhos são chatos mesmo. Não fazem nada (não bebem, não comem isso e aquilo, não fumam, etc) e ainda querem impor várias regras chatas. Sempre que possível, tento fugir desses tipos. Já têm tanta gente querendo por bedelho nas nossas vidas que o melhor é fugir. Quanto a dar uma parte da renda, acho que depende da igreja. Algumas ainda fazem ações solidárias com esse dinheiro. Não sei se é o caso de pastores como os do Templo do Salomão (acho que não). Ainda acho que a melhor esmola é a dada diretamente ao necessitado, sem terceiros. Se quer doar, entregue pra pessoa que precisa, e sem fazer estardalhaço, tirando foto pro instagram e postando no facebook.

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    1. Fala, Matheus.

      Um exemplo que gosto é o de noam chomsky, que se destacou no campo científico e utiliza – muito bem, aliás – sua posição para emplacar as ideologias mais sombrias que povoam sua cabecinha. É uma guerra, no final das contas. Ele tem seu lado.

      Recomendo Sandman o quanto antes. É um dos melhores gibis que li.

      Quanto à grana de Moore, tenho minhas dúvidas. Ele saiu fodido da DC, precisou escrever por encomenda para a Image para quitar débito de seu selo Mad Love (acho que esse era o nome) e parece viver uma vida “frugal” na cidade onde nasceu. Ele mandou o foda-se ao mainstream, penso, porque gosta de mandar tudo para a PQP.

      Prefiro sempre cerveja. Mas não dispenso uísque e cachaça. Uma cachimbadas são revigorantes… Ontem mesmo preparei um cachimbo para uma amiga nossa.

      Sem dúvidas, as ações sociais religiosas existem e são importantes. Aliás, a ideia de ajudar os mais necessitados é uma ideia cristã. A Igreja deixou um belo legado no campo do voluntariado, educação, sistema de saúde etc. Teve suas mazelas, certamente, pois é obra de humanos. Mas o saldo positivo é visivelmente maior. Ajudo na paróquia onde resido, com algumas doações, até porque minha esposa frequenta a igreja. E faço isso de bom grado. Mas o ambiente não me agrada e não quero forçar isso. Estou de boa comigo mesmo.

      Abraços!

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    2. Ah, o nosso astronauta é meio safadinho (dizem...). Recordo que, ao retornar do espaço, queria sair das forças armadas para colher os frutos do sucesso na iniciativa privada, mas havia se comprometido a não fazer isso, aliás até mesmo por força de termo juramentado. O país investiu grana nele. Ele aceitou o termos. Depois queria dar uma malandro. Ao menos, foi o que rolou na época...

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    3. Quanto a Sandman, preciso mesmo lê-lo. Vou tentar começar o mais rápido possível.

      Achei que Moore fosse endinheirado. Geralmente esses escritores ganham muito dinheiro de uma tacada só. Se eu fosse um deles iria ajuntar o máximo possível para não precisar mais prestar contas a ninguém,. Mas parece que a maioria não pensa assim, vide muitos famosos que vemos por aí na berlinda, tendo gastado tanto dinheiro que não dá pra imaginar. Moore seria só mais um que ganhou o passaporte e jogou fora, uma pena, infelizmente.

      Gosto de cerveja também, mas costumo beber uma quantidade maior que de bebida quente, por isso tenho preferido me manter no Gin e no Whisky (fica muito bom com tônica, ambas as bebidas) as vezes faço uma cuba-libre misturando Bacardi com coca e limão também. O gosto é bom.
      Tenho curiosidade sobre fumar cachimbo e charuto. Nunca fumei. Mas meu vô fumou cachimbo até quase 105 anos. Vejo que o pessoal que fuma o cachimbo consegue pensar melhor, num momento de reflexão. Mas talvez seja só uma impressão minha.

      "Ajudo na paróquia onde resido, com algumas doações, até porque minha esposa frequenta a igreja." Idem por aqui. Minha mãe é muito devota. Costumamos doar cesta básica e alimentos, quando estão fazendo angariações. Minha mãe até paga dízimo. Também não curto muito o ambiente atual religioso. Já frequentei mais quando existiam grupos de jovens nas paróquias. Os que eu participava, infelizmente, acabaram. Isso de juntar as pessoas para orar e conversar sobre os problemas e tentar achar soluções e dar força um para o outro, enfim, de ser uma comunidade, era o que me mantinha na igreja.

      Quanto ao Astronauta, não sabia dessa. Mas não duvido. A iniciativa privada paga muito melhor que as forças. E ele ainda ia ter aquele "que" a mais, de ter ido ao espaço. Ia deixar as moiçolas loucas, mesmo com aquela cara de anão esticado kkkkk

      Abraços.

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  3. Olá, meu amigo.

    Compreendo o que você quer dizer porque já conversamos muito para eu entender até suas entrelinhas, acredito. E o que você falou me faz pensar. Aliás, por que não tocar fogo no planeta inteiro? Acredito, ademais, que o próprio Alan Moore acharia interessante a ideia.

    Mas acho temerário isso, porque no final só conseguimos destruir o que é bom e a bosta continua a flutuar. A merda, em regra, boia.

    Não há mais nenhum interesse por erudição, por exemplo. Só consumimos cultura pop com umas pinceladas de erudição. E mesmo assim vamos incendiar até isso?

    Algumas realizações são icônica porque são isso: ícones. Possuem qualidades estéticas acima da média e valem a pena ser conhecidas. Lemos tanta porcaria, assistimos a tanta bobagem na TV. Não parece tomar tanto tempo nos dedicar a conhecer objetos culturais que se destacaram. Veja bem: digo “conhecer”. Se será bom para fulano ou sicrano… aí varia. Vai do gosto de cada um. Mas vale a pena “conhecer”.

    No caso em tela, não estamos nem recomendando que o cidadão leia toda a Suma de Tomás de Aquino ou as obras completas de Platão. Longe disso. Isso, ninguém quer mais. Estamos sugerindo apenas… gibis!

    Não percamos tempo mexendo no queijo alheio. A vida é curta.

    Abraços!!!

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  4. Você não foi ríspido. Não senti isso. Repito que compreendi bem o sentido da coisa toda desde seu primeiro comentário e ele me fez pensar a respeito do assunto, sim.

    Sobre críticas às obras de Alan Moore, há uma legião de pessoas que o odeiam. Alguns leitores de quadrinhos mais puristas não aceitam quadrinhos com esse viés mais "literário" que Moore semeou. Conheço gente que detesta o que esses caras mais "cabeças" fizeram. Algumas pessoas (muito inteligentes, aliás) se apegam às eras passadas e mais pueris dos quadrinhos com unhas e dentes. Recordo que, no blogue anterior, bastante gente comparecia em postagens antigas apenas para evidenciar seu asco por obras de Jim Starlin, Gaiman, Morrison etc. E consigo compreender bem o que eles queriam dizer. Pensei bastante a respeito. No final, discordei pelos motivos já elencados: considero trabalhos excelentes e pertinentes. Vieram em boa hora. Mas, no momento, o Moore está certo até nisso: essa coisa de dissolver e refazer cansou. Houve o momento para novas abordagens. Até as "novas" abordagens não passam de repetição besta, ou algo realmente desnecessário.

    Curioso pensar que, hoje, rappers são multimilionários antes dos 22 anos de idade. O mc que pulou de uma sacada esses dias era podre de rico. Acho que meus músicos favoritos (Geraldo Azevedo, Alceu Valença etc.), não têm um patrimônio que chegue perto do dele. E já são velhotes.

    Não há mais espaço para tiras como as de Angeli. Nem sei mais o que ele anda fazendo da vida. Laerte produz coisa boa, às vezes. Basta ver seu Manual do Minotauro, como vinha andando. Só acho ruins suas tiras "engajadas" com os movimentos "sócio-sexuais", porque esse tema não me interessa e quando ele parte para isso não tem a menor graça. Tanto não acrescenta nada essa produção engajada que nem a própria comunidade LGBTQIYZ compraria um trabalho seu só com tiras sobre condutas sexuais e chamando liberais e conservadores de fascistas.

    Laerte anda tão triste e confuso que, há pouco tempo, vi ele dando uma entrevista, travando repentinamente, pedindo licença e dizendo que queria sair dali porque não sabia mais o que falar e parecia nem saber o que estava fazendo no mundo.

    Compreendo bem que o lixo movimenta a economia. E que bom! Qualquer cantor fuleiro embolsa bastante grana e faz girar toda a engrenagem dita por você. Isso é óbvio. Que economia a execução da Carmina Burana vai girar, não sei. Acho que nenhuma. Até os músicos devem ser mal pagos, penso.

    Em momento algum sugerir tacar fogo no que não gosto. Peguei apenas seu gancho sobre tacar fogo em obras como a do Moore. Como vc fez o comentário, estendi para tudo, para todas as realizações humanas.

    Mas seu comentário ratifica algo que falei: a bosta flua. As produções mais medíocres prosperam porque geram grana para muita gente e porque o público é ENORME. Toda a Orquestra Sinfônica ou Filarmônica de algum lugar não embolsa nem 10% do que Anitta em um mês. Pq o povo quer Anitta. Ela faz a grana rodar. Por isso espero que nunca tentem jogar tudo no fogo, porque sei que as porcarias são à prova de fogo.

    Em resumo: por mim, de mim para mim, faço escolhas pelo que acho bom, que podem me trazer bons momentos ou até aprendizados, desde um gibi do Bolinha até A Voz do Fogo do autor em apreço.

    Abraços!

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  5. "Você fez o papel do grupo do Pinocchio na minha consciência"

    Estamos aqui para isso. rs

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  6. vou assistir assim q puder
    não dá pra confiar em ninguem com mais de 30, hehe

    abs!

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    1. O bom da "velhice" é que todo mundo se torna inocente.
      Quando eu ficar velho, serei um saco e vou arrumar briga com todo mundo.

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  7. Li poucas obras do Alan Moore, que foram Do Inferno, Watchmen e A Piada Mortal (que se não me engano é dele mas sou tão avoada que admito que não tenho certeza). Não sou a maior fã de quadrinhos mas por nunca ter tido tanta curiosidade sobre. Nos últimos anos que isso aumentou mas ainda é um território no qual caminho à passos lentíssimos. Tenho vontade de conhecer A Liga Extraordinária e outras obras mas não sei por onde começar. Fui saber mais dele e desse seu jeito excêntrico ao acompanhar o canal do Pipoca & Nanquim. Vou salvar o doc aqui para ver se consigo assistir hoje ainda.

    Abraço,
    Parágrafo Cult Blog

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    1. Fala, garota!
      Muito bom te ver aqui.
      Recordo de suas experiências com Alan Moore.
      Vc gosta de terror. E nos quadrinhos há muita produção do gênero.
      Torço para que leia mais (bons) quadrinhos.
      Abraços!

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